Em pouco mais de um ano, o cidadão Jesualdo ganhou vida e parece conquistar o coração de muitos. Suas aventuras o transformam em alguém tipo personagem de revistas de quadrinhos, verdadeiro herói cujas aventuras são absorvidas por grande quantidade de leitores, que aqui e alhures vibram com suas iniciativas.

Outro dia me perguntaram qual a família de Jesualdo, como era o seu rosto, sua estatura, enfim se não existia uma fotografia do mesmo, de preferência ladeado por sua encantadora esposa Generosa.

A resposta é uma só, Jesualdo é um ser mortal como qualquer um de nós, possuidor das mazelas características do ser humano, pois ele adoece, sofre com dor de cabeça, de barriga e de dente, tropeça e machuca os pés, sorri, chora e sofre como uma pessoa absolutamente comum.

Porém o mais impressionante é ser o nosso é herói, uma personalidade multifacetada, pois mesmo sendo graduado em direito, já vivenciou estripulias durante enterros, viagens, reuniões importantes dentro de igrejas e motéis, na praia, fazenda, colégios, universidades, campos de futebol e dezenas de outros locais.

Possivelmente por tal motivo, Jesualdo ganhou visibilidade incrível, quando sempre aos domingos, textos relatando suas peripécias são publicados na imprensa.

Ele é uma mistura de Fábio Junior com Chico Anysio, artistas que namoraram mais de mil mulheres, casaram dezenas de vezes, possuindo cada um aproximadamente oitocentos filhos. Sem medo de errar chego à conclusão de haver o rei Roberto Carlos, nele se inspirado quando compôs a canção “esse cara sou eu”.

Na realidade, Jesualdo não é nenhum deles, e sim você, querido leitor, que com certeza no escurinho do cinema (ou em qualquer outro ambiente), as escondidas ou nem tanto, já protagonizou aventuras similares àquelas descritas, tendo-o como protagonista.

Todos episódios divulgadas nos últimos tempos, e encarnadas por Jesualdo, realmente aconteceram. Eu próprio já fui protagonista, assim como meu pai, minha irmã, amigos e parentes próximos, políticos da nossa terra, corredores da praia da Pajuçara, policiais, chaveiros, professores e alunos dos meus tempos de Marista e da UFAL.

Não existe estória nos registros divulgados, evidentemente as mesmas apesar de romanceadas e apimentadas para prender sua atenção, todas são histórias reais.

Realmente são tão verídicas que recentemente, um colega de longas datas manteve contato telefônico para questionar se naquela semana Jesualdo era ele. Levei algum tempo para lhe convencer negativamente. O mesmo aconteceu com uma amiga, que se reconheceu nas estripulias tanto de Generosa quanto de Germínia.

Outro dia, um leitor assíduo chegou a aventurar que ele é filho de Jesuína e Adroaldo, revelando-se um verdadeiro Casanova dos Trópicos, que representa o que muitos já são ou sonhariam em ser.

Jesualdo, em uma época onde as pessoas desenvolveram paixão pelo sinistro, chegou para alegrar e possamos sorrir com suas aventuras, algumas cheias de humor, que encantam e até certo ponto geram polêmica entre os leitores.