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Os Economistas ( I )
No início da década de 70, iniciei o curso de Ciências Econômicas no Campus Tamandaré – cedido pela então Escola de Aprendizes de Marinheiro à Universidade Federal de Economia. À época, trabalhava no Departamento de Economia, dirigido pelo saudoso Professor José Cavalcanti Manso.
A Editora Abril, publicou uma bonita coleção intitulada: Os Economistas, cujas biografias contêm nos respectivos livros: Adam Smith (clássica), primeiro a ser comentado, Petty (mercantilista), Quesnay (fisiocratas), Malthus (clássica), Stuart Mill (clássica), Ricardo (clássica), Karl Marx (crítica do capitalismo), Jevons (marginalismo), Walras (marginalismo), Marshall (neoclassicismo), Veblen (crítica ao capitalismo), Hobson (crítica ao capitalismo), Pareto (marginalismo), Schumpeter (pensamento econômico), Weber (historicismo), Keynes (meu preferido), Kalecki (keynesianismo), Samuelson (pensamento econômico contemporâneo), Myrdal (pensamento econômico contemporâneo), Sraff (pensamento econômico contemporâneo), Robinson (pensamento econômico contemporâneo) e Galbraith (pensamento econômico contemporâneo).
Adam Smith (Escócia, 1723-1790), considerado Pai da Economia, demonstrou que todas as atividades que produzem mercadorias produzem valor. Afirmou no seu famoso livro – A riqueza das Nações (1776), que a riqueza de uma nação é expressa pelo seu produto per capita, o que é comumente aceito até os dias atuais. O primeiro de uma série de campeões do Liberalismo (a não presença do Estado na Economia), representando o estágio revolucionário da Economia Política Burguesa. Sua ideologia corresponde aos interesses dos capitalistas manufatureiros da época; e dos capitalistas industriais mais tarde.
Pregava um mercado livre e competitivo, defendendo que cada pessoa deveria ser a primeira detentora de seus próprios interesses. Foi nesse contexto que Adam Smith se referiu ao mercado propriamente dito na famosa expressão “mão invisível” – que fez com que a luta pelos interesses individuais por parte de cada um, trouxesse benefícios a todos.
Outrossim, na investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, lançou as bases de uma nova ciência: A Economia Política, dividida em três partes: as causas do aumento da produtividade do trabalho e a ordem segundo a qual o produto deste trabalho é distribuído pelos homens de diferentes condições sociais; a natureza, a acumulação e o emprego do capital e as variações do progresso da opulência nas diferentes nações. O pensamento do gênio alcançou o século XXI, serviu como ponto de partida aos teóricos da Economia, desde de Malthus a David Ricardo e Karl Marx.
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