Economia

Bolsas da Europa fecham em queda, pressionadas por covid-19 e EUA

18/08/2020
Bolsas da Europa fecham em queda, pressionadas por covid-19 e EUA

As bolsas europeias reverteram a abertura no azul e encerraram o pregão desta terça-feira, 18, em queda, pressionadas por uma série de fatores. A pandemia do novo coronavírus segue no pano de fundo do desconforto, em meio a uma nova leva de infecções no continente. O impasse fiscal nos Estados Unidos e as tensões sino-americanas também intimidaram a tomada de risco e, com isso, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,56%, em 367,18 pontos.

A possível segunda onda de covid-19 no Velho Continente volta a assustar investidores e traz à tona o “fantasma” dos bloqueios econômicos. A Itália, por exemplo, anunciou ontem o fechamento de casas noturnas, depois do número de diagnósticos atingir recorde desde o início do processo de relaxamento das medidas de distanciamento social. No país, o índice FTSE MIB fechou em queda de 0,52%, em 19.845,61 pontos.

Mas sinais vindos dos EUA também ofereceram cautela às praças europeias. A percepção de que democratas e republicanos estão longe de um acordo por um novo pacote fiscal em solo americano pesou, assim como as tensões do país com a China, que, caso se agravem, podem frear a recuperação global ainda incipiente.

Na principal economia do continente, o índice Dax, de Frankfurt, Alemanha, encerrou o dia em baixa de 0,30%, a 12.881,76 pontos. As ações da Volkswagen, por exemplo, perderam 0,83%, também com a pressão do euro forte, que prejudica exportações. Já o índice CAC 40, de Paris, fechou em queda de 0,68%, a 4.938,06 pontos.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 0,83%, em 6.076,62 pontos. Houve algum desconforto, ainda, com o impasse do Brexit. A Eurasia aponta em 55% a probabilidade das negociações entre Reino Unido e União Europeia chegarem a um acordo até o fim de 2020.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,66%, a 7.043,50 pontos, e, em Lisboa, o índice PSI 20 caiu 0,62%, a 4.407,45 pontos.

Autor: Eduardo Gayer e Gabriel Bueno da Costa
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