Brasil
OMS pede integração dos esforços contra covid-19 no Brasil
O Brasil deve fazer mais para integrar os esforços dos diferentes níveis do governo para combater epidemia de covid-19, alertou nesta sexta-feira (03/07) o diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan.
“Incentivamos mais uma vez o Brasil a continuar a lutar contra a doença, que o Brasil una os esforços nos níveis federal e estadual de um modo bem mais sistemático”, afirmou. O Brasil necessita de uma “abordagem compreensiva para controlar a doença e fazê-lo de modo sustentável”, disse o diretor da OMS.
Ryan pediu que os países gravemente atingidos pela pandemia acordem para a realidade, ao invés de se envolverem em disputas internas, e tomem controle da situação. Ao ser perguntado sobre algumas nações – como o Brasil e o México – que iniciaram o relaxamento das medidas de confinamento apesar de um aumento exponencial de casos da doença, Ryan disse que “países demais estão ignorando o que os dados estão lhes dizendo”.
“As pessoas precisam acordar. Os dados não mentem. A situação no terreno não mente”, disse o diretor. “Nunca é tarde demais em uma epidemia para assumir o controle.” Ryan destacou a estabilização dos números diários de novos casos no Brasil nos últimos dias, mas alertou que isso não representa uma melhora na situação.
“A estabilização não significa que os números vão diminuir. Vimos que os números em maio estavam subindo muito. Durante o mês de junho, eles deram uma ligeira diminuída, mas ainda estavam subindo”, observou. “Esperamos agora que não voltem a subir.”
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou o exemplo da Espanha e da Itália, que conseguiram controlar a transmissão da doença após se tornarem o epicentro da epidemia. “O mundo inteiro estava realmente preocupado. Mas então, eles começaram pelas lideranças, as pessoas se uniram e também fizeram a coisa certa. Agora, suprimiram e controlaram [a doença]. Portanto, nunca é tarde demais, é sempre possível”, afirmou.
“A OMS aconselha o uso da máscara como controle em situações em que há transmissão comunitária e onde as pessoas não conseguem manter distanciamento social adequado, como transporte público, em lojas e restaurantes”, afirmou Ghebreyesus.
O Brasil ultrapassou a marca de 1,5 milhão de casos da doença nesta sexta-feira e contabiliza mais de 63 mil mortes. Instituições de saúde em todo o país vêm alertando que os números reais da doença devem ser ainda maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.
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