Economia
Dólar recua em meio à liquidez global, mas dado de Serviços ruim limita ajuste
O dólar opera em baixa no mercado doméstico nesta quarta-feira, alinhado à desvalorização no exterior ante outras divisas emergentes ligadas a commodities, após novos sinais de recuperação da economia dos EUA, recentes estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e expectativas de que o governo Trump possibilite enormes gastos em infraestrutura, como forma de superar a crise do coronavírus.
A queda de 11,7% do volume de serviços prestado no País em abril ante março, acima da mediana das projeções do mercado (-10,60%), apoia as apostas em um corte adicional do juro básico em agosto, após a redução esperada hoje de 0,75 ponto da Selic, para 2,25% ao ano. Essa possibilidade limita o recuo do dólar ante o real, uma vez que tenderia a desestimular ainda mais o fluxo de capitais estrangeiros para o País, segundo um operador de câmbio.
Os investidores estão à espera da decisão do Copom e o comunicado, após o fechamento dos negócios. A dúvida é se o comunicado da reunião confirmará o fim do ciclo, como antecipou a autoridade na última ata, ou se apontará espaço para um novo corte, como vem prevendo alguns agentes financeiros.
No radar, mais tarde, fica a posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria. De acordo com a Folha de S.Paulo, Faria afirmou em conversa com parlamentares aliados que o presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo e a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, está decidida. Faria se posicionou favorável à saída de Weintraub do MEC, sob a justificativa de que a demissão deve pacificar a relação do governo com os Poderes.
Às 9h20, o dólar no mercado à vista caía 0,89%, a R$ 5,1873. O dólar futuro para julho recuava 1,06%, a R$ 5,1930.
Mais cedo, o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,20% na segunda quadrissemana de junho, após ficar estável na primeira quadrissemana. Já o IPC-S acelerou em todas as sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda quadrissemana de junho. No período, o indicador cheio recuou 0,13%, taxa 0,23 ponto porcentual superior à queda de 0,36% observada na semana anterior.
Autor: Silvana Rocha
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