Cidades
Visita virtual aproxima familiares e pacientes com Covid-19 no Hospital da Mulher
Com as visitas presenciais suspensas, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, os pacientes internados Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira (HM), no bairro Poço, em Maceió, estão recebendo carinho e apoio de seus familiares através de ligações de vídeo e áudio. Para isso, a unidade hospitalar conta, agora, com tablets e smartphones, ofertados pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), tornando o atendimento mais humanizado e especial.
De acordo com a infectologista e gerente médica do Hospital da Mulher, Sarah Dominique Dellabianca, os tablets e os smartphones são ferramentas que vão auxiliar ainda mais o processo de humanização entre paciente e seus familiares, por meio dos profissionais que atuam nas áreas do serviço social e da psicologia da unidade hospitalar.
“Nós, profissionais da saúde, precisamos nos reinventar diariamente para garantir a humanização do cuidado ao nosso paciente. Diante da impossibilidade de eles receberem visitas nos leitos, estamos usando a tecnologia ao nosso favor. Com a chamada de vídeo, conseguimos levar ao paciente a emoção de ouvir a voz e ver o rosto de uma pessoa amada. E isso é maravilhoso”, explicou a gerente médica do Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira.
A chamada por telefone que permite, além da transmissão do som, o recurso da imagem, acontece por livre e espontânea vontade do paciente. Para isso, o serviço social e de psicologia do Hospital da Mulher já vem realizando uma conversa prévia com todos os pacientes que dão entrada na unidade hospitalar, para que possam ser atendidos pelo projeto.
As ligações por vídeo, destinadas aos pacientes conscientes, internados nos leitos clínicos e na UTI Pediátrica, ocorrem diariamente e são acompanhadas pela equipe multidisciplinar. “Emocionalmente isso é muito bom para os pacientes e seus familiares. Manter esse vínculo afetivo, mesmo que de forma digital, é muito importante para a recuperação do paciente. O fato dele saber que tem uma pessoa especial do outro lado da tela o fortalece e o motiva a enfrentar a doença. O paciente consegue ficar mais calmo, poupando energia para o organismo e contribuindo para uma recuperação ainda mais rápida”, disse a psicóloga Anna Maria Cavalcante.
Já para os pacientes inconscientes, a equipe está solicitando áudios da família, via aplicativo de mensagens, para que os mesmos sejam transmitidos. “A tecnologia está aqui para nos ajudar diante das circunstâncias que estamos enfrentando nos últimos meses, visto que o afastamento entre paciente e seus familiares deu-se em virtude de questões sanitárias. Portanto, esses instrumentos, além de humanizar o serviço, ajudam o trabalho dos profissionais, trazendo respostas mais rápidas para as famílias. É um modo de fazer com que, embora distantes, eles estejam próximos”, frisou Marta Antônia, supervisora Assistencial do Hospital da Mulher.
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