Economia

Bolsas de NY fecham em alta, apoiada por anúncio do Fed em pregão volátil

15/06/2020

As bolsas de Nova York fecharam em território positivo nesta segunda-feira, 15. Em sessão volátil, as ações ganharam força após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciar nova medida de apoio ao sistema financeiro, embora investidores ainda vissem com certa cautela o risco de novas ondas de contágios pela covid-19 e seus consequentes impactos na economia.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,62%, a 25.763,16 pontos, o S&P 500 avançou 0,83%, a 3.066,59 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,43%, a 9.726,02 pontos.

No início do dia, o movimento foi negativo nas bolsas, com maior atenção para o risco de uma segunda onda de casos do novo coronavírus, após registros de focos em alguns Estados americanos e também em Pequim. A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a pedir que os países sejam cuidadosos no processo de retomada econômica e que mantenham medidas para testar, isolar os casos e rastrear seus contatos, a fim de evitar mais problemas, além de ter citado novamente a região das Américas como foco de preocupação.

Mais para o fim da manhã, os mercados acionários reduziram perdas após o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, mostrar otimismo sobre a chance de uma recuperação em “V” da economia dos EUA e reforçar que o presidente Donald Trump deseja cortar impostos. Além disso, o setor de tecnologia ganhou mais fôlego, o que ajudou o Nasdaq a se destacar. Apple subiu 1,24%, Intel ganhou 1,30% e Microsoft, 0,64%.

O ambiente positivo se fortaleceu após o Fed anunciar a compra de títulos corporativos, para apoiar a liquidez no mercado e o crédito para grandes empregadores. Entre outras ações importantes, Boeing subiu 0,75%, Amazon avançou 1,09% e Alphabet, 0,55%. Entre os bancos, Citigroup fechou em alta de 1,40% e Goldman Sachs, de 2,25%.

Em relatório, a LPL Research afirma que dados em tempo real dos EUA têm se mostrado encorajadores, porém diz também que há “muitos desafios ainda para uma recuperação econômica plena”, já que alguns Estados, como Arizona e Texas, são potenciais focos futuros de novos surtos da covid-19.

Autor: Gabriel Bueno da Costa
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