Economia
XP adquire controle da plataforma Fliper
A XP Inc adquiriu o controle da plataforma de investimentos Fliper por valor não revelado. De acordo com formulário 6-K submetido pela corretora à US Securities and Exchange Comission (SEC), o Fliper tem mais de R$ 7 bilhões em ativos sob gestão, e potencial para “ultrapassar 5 milhões de usuários nos próximos anos”.
Segundo o comunicado, a aquisição é parte da estratégia de crescimento da XP. Os fundadores da Fliper, Felipe Bonani, Renan Georges e Walter Poladian, continuarão a deter uma parcela e terão, segundo a nova controladora, independência para gerir o negócio.
A XP vai dar suporte estrutural, em termos de segurança, tecnologia, gestão e marketing, para sustentar o crescimento do aplicativo.
Criado em 2017, o aplicativo da Fliper reúne em uma única plataforma os investimentos do usuário em diferentes instituições financeiras, o que permite, por exemplo, a comparação dos rendimentos de cada aplicação em um único lugar.
“A solução vai nos permitir melhorar a experiência de nossos clientes, que em muitos casos, têm contas em mais de uma instituição financeira”, diz o CFO da XP Inc, Bruno Constantino.
A independência da gestão da plataforma, de acordo com o comunicado, vai permitir que a Fliper trabalhe de forma equânime com diferentes instituições financeiras. A aquisição está sujeita a aprovação pelo Banco Central.
Instabilidade
O aplicativo da XP Investimentos tem sido alvo de reclamações por parte de clientes da corretora em pregões recentes.
Na sexta-feira, 5, através das redes sociais, usuários reclamaram que o portal XP Pro, a plataforma de operações home broker e o aplicativo móvel não estabeleciam conexão no início do pregão, marcado por forte alta do Ibovespa.
Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a XP informou na ocasião que a instabilidade foi das 10h30 às 11h30, e que afetou a poucos clientes.
Também na semana passada, o Broadcast revelou que investidores ingressaram com ações na Justiça contra a XP por problemas nas plataformas em março, mês marcado por seis circuit breakers na B3 devido à forte volatilidade nos mercados causada pela pandemia da covid-19.
Os investidores afirmam que a corretora liquidou contratos antes do vencimento e apresentou falhas no sistema de comunicação.
Autor: Matheus Piovesana
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