Economia
BC: posição cambial líquida está em US$ 299,282 bilhões
A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 299,282 bilhões no dia 29 de maio, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 3, pela instituição. No fim de dezembro de 2019, essa posição estava em US$ 327,801 bilhões e, em abril deste ano, em US$ 303,410 bilhões.
A posição traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise como a atual, por exemplo.
A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Maio
Após o prejuízo de R$ 8,340 bilhões com as operações de swap cambial em abril, o Banco Central registrou ganhos de R$ 3,538 bilhões em maio com sua posição pelo critério caixa.
Pelo conceito de competência, houve lucro de R$ 5,627 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.
O BC obteve ainda um lucro de R$ 4,311 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no ano passado. Entram nesse cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.
Já o resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 866 milhões em maio. O resultado das operações cambiais no período ficou positivo em R$ 4,760 bilhões.
No acumulado de 2020 até 29 de maio, o prejuízo com swaps somou R$ 51,281 bilhões pelo resultado caixa e R$ 53,875 bilhões pelo competência. Já a rentabilidade das reservas internacionais ficou positiva em R$ 561,316 bilhões, com resultado líquido positivo de R$ 515,268 bilhões e operações cambiais também positivas de R$ 461,392 bilhões.
O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.
Autor: Fabrício de Castro
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