Economia
IPC-S tem deflação de 0,18% em abril, revela FGV
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu 0,18% no fechamento de abril, informou nesta segunda-feira, 4, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação medida pelo indicador desacelerou tanto na comparação com o fechamento de março (0,34%), quanto ante a terceira quadrissemana do mês (0,07%).
Com o resultado, o índice acumula alta de 0,74% em 2020 e de 2,60% nos 12 meses encerrados em abril.
No mês, a deflação foi mais intensa do que previa a mediana de estimativas de mercado apurada pelo Projeções Broadcast, de recuo de 0,11%, e bem próxima do piso (-0,19%) do intervalo. O teto das projeções indicava queda de 0,02%.
No acumulado em 12 meses, a taxa também ficou mais baixa do que indicava a mediana do levantamento, de 2,66%, e no piso do intervalo, de 2,6%. A projeção mais alta indicava taxa de 2,79%.
Em abril, seis das oito classes de despesa que compõem o IPC-S registraram decréscimo nas suas taxas de variação. Como esperado pelo mercado, o destaque foi o grupo de Transportes, que aprofundou a deflação de -1,57% para -2,02%, puxado pela descompressão nos preços da gasolina (-5,29% para -6,76%).
Também registraram decréscimo nas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,22% para -0,9%), com passagem aérea (1,43% para -6,03%); Alimentação (1,51% para 1,10%), por causa de hortaliças e legumes (9,87% para 5,57%); Habitação (0,23% para 0,13%), puxado por tarifa de eletricidade residencial (0,35% para 0,05%);Saúde e Cuidados Pessoais (0,38% para 0,35%), com aparelhos médico-odontológicos (0,28% para -0,08%); e Comunicação (0,06% para 0,04%), por tarifa de telefone residencial (0,33% para 0,18%).
Na outra ponta, o grupo Despesas Diversas teve acréscimo na taxa, de 0,32% para 0,35%, puxado pela inflação de serviços bancários (0,22% para 0,35%). Por sua vez, Vestuário repetiu a taxa de -0,32% observada na última divulgação, com pressão de roupas (-0,39% para -0,24%) em sentido ascendente e de calçados (-0,39% para -0,67%) para baixo.
Influências individuais
Pressionaram o IPC-S para cima no fechamento de abril o leite tipo longa vida (7,55% para 6,85%), cebola (30,46% para 26,16%), plano e seguro de saúde (estável em 0,59%), batata inglesa (13,69% para 9,02%) e taxa de água e esgoto residencial (1,38% para 0,93%).
Na outra ponta, contribuíram para a deflação do indicador o etanol (-8,22% para -11,11%), móveis para residência (-1,07% para -1,35%) e tomate (1,79% para -3,90%), além da gasolina e da passagem aérea.
Autor: Cícero Cotrim
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