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Facebook intensifica combate a fake news
A pouco mais de um ano das eleições presidenciais dos Estados Unidos, o Facebook adotou medidas adicionais para minimizar a propagação de notícias falsas na internet. O departamento de segurança cibernética da empresa já relatou alguns primeiros sucessos.
O Facebook determinou que perfis de veículos de comunicação controlados por um Estado – por exemplo, a emissora russa Russia Today (RT) – devem estar claramente identificados como tal. Além disso, postagens que sejam declaradas como sendo falsas por organizações independentes de verificação de fatos serão destacadas com as devidas observações, assegurou a empresa californiana.
Contas de políticos eleitos, candidatos a eleições e seus funcionários terão sua segurança cibernética reforçada por meio de um programa chamado “Facebook Protect”. A empresa americana também afirmou que quer ser mais vigilante contra tentativas de intimidar eleitores ou, por exemplo, de enganar com informações erradas sobre o local e o procedimento de votação.
Em um artigo publicado no jornal britânico Daily Telegraph, a empresa americana afirmou ter aprendido lições após a campanha russa de desinformação durante as eleições presidenciais dos EUA em 2016 e que planeja criar um centro de operações dedicado a ajudar a remover o conteúdo que viola as regras do Facebook.
No entanto, o vice-presidente para soluções políticas da empresa, Richard Allan, afirmou que novas regras para a era das campanhas eleitorais digitais precisam ser decididas por parlamentos e seus legisladores.
“Enquanto estamos dando vários passos, há muitas áreas em que simplesmente não é apropriado uma empresa privada como o Facebook definir as regras do jogo ou dar as ordens”, disse. “Por exemplo, não acreditamos que deva ser nosso papel verificar ou julgar a veracidade do que dizem os políticos – até porque o discurso político é fortemente escrutinado pela mídia e por nossos processos democráticos.”
Nos últimos anos houve progresso no combate a propaganda e notícias falsas, afirmou o presidente-executivo e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, numa teleconferência. Ao mesmo tempo, a rede social está exposta a ataques cada vez mais sofisticados vindos de países como Rússia, Irã e China, apontou Zuckerberg.
Segundo comunicado do próprio Facebook, o departamento de segurança cibernética da empresa desvendou uma rede de contas falsas no Instagram geridas a partir da Rússia, além de três operações iranianas. Os responsáveis teriam bombardeado cidadãos americanos com mensagens políticas controversas e fingiam residir nos Estados Unidos.
Qual era a motivação? “Não se pode dizer”, afirmou o responsável pelo gerenciamento de segurança cibernética no Facebook, Nathaniel Gleicher. No entanto, há “algumas conexões” com a organização russa Internet Research Agency (IRA), acusada de disseminar manipulações na internet a mando de Moscou – a empresa foi apelidada de “Exército Troll”.
O governo de Washington acusa o Kremlin de interferir nas eleições presidenciais americanas de 2016 por meio da Internet Research Agency. A Rússia rejeita veementemente as alegações.
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