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Manual Graciliano Ramos

“ Deve-se escrever das mesmas maneiras com as lavadeiras lá de Alagoas fazem o seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano molham-no novamente voltam a torcer, colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois, enxaguam. Dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na lage ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra. Torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.Pois quem se mete a escrever deveria fazer a mesma coisa.A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Joaldo Cavalcante, ex-secretário de Comunicação no governo de Ronaldo Lessa, criou o Conselho Estadual de Comunicação sendo pioneiro no Brasil.E, portanto,com sua capacidade de jornalista-escritor idealizou o Manual Graciliano Ramos de Uso Português. A Associação Alagoana de Imprensa, por sua vez, fez parte desse Colegiado com muita participação nas Reuniões que Joaldo promovia sob sua orientação. Diga-se, de passagem, época vibrante numa Secretaria de grande importância ao governo estadual.
Segundo a professora Thaís Nicoleti de Camargo, “ O livro é composto de centenas de verbetes explicativos sobre tópicos da língua portuguesa que frequentemente suscitam dúvidas entre os usuários da língua em seu padrão formal.De fácil manuseio, o manual tem por objetivo orientar o leitor no emprego da língua portuguesa e oferecer soluções para problemas imediatos”.
De vez em quando, uso-o a fim de dirimir dúvidas do vernáculo herdado de Camões/Bilac. Outras vezes, o Dicionário do coestaduano Aurélio Buarque de Holanda. Dessa forma, torna-se imperativo consultá-lo e, ao mesmo tempo, buscar nas gramáticas a forma correta de escrever. Paralelamente, o leitor deve ter uma boa dose de conhecimento na leitura dos clássicos. E, por conseguinte, enxugar o texto a fim de torná-lo acessível a todos.
Graciliano Ramos quando alcaide de Palmeira dos Índios no final da década de vinte, imprimiu uma gestão ética baseada em princípios de honestidade e de lisura. Deixou marcas indeléveis quer na sua administração pública, quer no modo de escrever seus famosos Relatórios prestando contas ao governador da época. E, por isso, seu nome foi usado na Imprensa Oficial Estadual, exemplo de defensor intransigente da correção do idioma pátrio.
O Manuel Graciliano Ramos obedece ao abecedário. Isto é, começa com a letra A e termina com a última do alfabeto. Por essas razões, o consulente não tem dificuldade de dirimir suas dúvidas. A partir da página duzentos e quarenta e cinco, encontra-se a história de todos os município do hinterland alagoano. Por exemplo, Água Branca, Anadia, Arapiraca e Atalaia. Na página duzentos e cinquenta e nove, vê-se o história de minha Paulo Jacinto.” Lourenço de Cima foi a primeira denominação do povoado, que se explica por ter surgido na parte alta da propriedade do fazendeiro Lourenço Veiga”.
A bem da verdade, trata-se de meu trisavô Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veia que, por sinal,aportou no Valle do Parayba no ano de 1838. Criando, assim, o núcleo de povoamento que durante setenta e quatro anos ostentou seu nome. Com a chegada da linha férrea ( 1912), passou a ser denominado de Paulo Jacinto que se desmembrou de Quebrangulo em 2 de dezembro de 1953 no governo de José Aurino de Barros.
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