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Russos serão julgados no caso da Malaysia Air
A Equipe de Investigação Conjunta (JIT) responsabilizou na quarta-feira, 19, três russos e um ucraniano pelo envolvimento na queda do voo MH17 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia em 2014. Eles serão levados à Justiça na Holanda em 2020.
Em entrevista na cidade holandesa de Nieuwegein, o promotor-chefe holandês, Fred Westerbeke, e o chefe da polícia, Wilbert Paulissen, anunciaram que serão emitidas ordens de detenção internacional para os russos Sergei Dubinski, Oleg Pulatov e Igor Girkin, e para o ucraniano Leonid Kharchenko.
Além disso, será feito um pedido à Rússia para que interrogue os suspeitos como assistência legal ao processo judicial, embora não seja possível reivindicar a extradição porque a Constituição, tanto da Rússia quanto da Ucrânia, proíbem a entrega de seus cidadãos a outros países.
Holanda e Austrália responsabilizaram a Rússia pela queda do avião, pois uma brigada do país forneceu o sistema que lançou o míssil BUK que causou a tragédia, na qual morreram 298 pessoas – sendo 193 holandeses. Os acusados poderão ser julgados à revelia, pois não se espera que a Rússia entregue os suspeitos, segundo a JIT.
Os investigadores do grupo Bellingcat, que analisaram 150 mil conversas telefônicas entregues pelos serviços de segurança da Ucrânia, publicaram ontem um novo relatório no qual identificam, com nomes, sobrenomes e fotografias, oito agentes russos e insurgentes ucranianos envolvidos na queda do avião.
Em 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malaysia Airlines foi derrubado no leste da Ucrânia, zona de conflito entre o Exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia. O voo fazia a rota de Amsterdã a Kuala Lumpur e foi abatido por um míssil terra-ar disparado de uma zona controlada por milícias separatistas pró-Rússia.
O Conselho de Segurança da Holanda concluiu que se tratava de um míssil BUK de fabricação russa. Em nota, a Rússia lamentou as acusações da equipe de investigadores, considerando-as “totalmente infundadas”. O governo da Ucrânia pediu à Rússia que reconheça sua “responsabilidade” no episódio. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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