“ FORTE E FIXE COMO MAXIXE/ NO LIMIAR DOS OITENTA/ SE APERTAR PODE IMPLODIR/ MAS ISSO NÃO ME APOQU ENTA”. Doutor Judá Fernandes de Lima, sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI), filho ilustre da velha Viçosa, escritor consagrado no seu tempo.Poeta cordelista envereda pelo caminho da poesia fazendo sucesso quer pela versatilidade, quer pelos relevantes serviços prestados às letras Caetés. Diga-se, de passagem, radicado na progressista Arapiraca (1963) adquiriu o título de Médico de Família pela sua contribuição efetiva à medicina.

Sua dedicada esposa ALMIRA FERNANDES, cognominada por ele de cara-metade, sócia efetiva da AAI, escritora-assistente social tem larga folha de bons serviços prestados à Terra de Manoel André. E, por conseguinte,  dedicou uma vida produtiva em prol dos arapiraquenses com sua ação social desenvolvida ao longo de sua bem-sucedida trajetória humanística.

Sendo assim, fez a APRESENTAÇÃO do O Cordel do Oitentão que, por sinal, merece ser reproduzida a primeira estrofe feita com talento, amor, e, sobretudo, densidade literária.”MAIS UM LIVRO DE JUDÁ/ PRONTO PRA PUBLICAÇÃO/ E COMO JÁ É COSTUME/ EU FAÇO A APRESENTAÇÃO/ANTES DE COMENTAR O LIVRO/ DO ESCRITOR QUERO FALAR/ JÁ FEZ OITENTA E SEIS ANOS/MAS VIVE  SEMPRE A RIMAR”.

A obra, por sua vez, é composta de títulos, a saber: Jubileu de Prata Comemorando e Agradecendo; Mensagem Natalina ( 2009); Carnaval Mussulo (2011); Inguinorança; ACALA – 24 ANOS; a VOZ E A VEZ DO DOUTOR; Natal-Acadêmico (trovas); O 7 na Serranias; Forte e Fixe Oitentão; 30 de outubro – Contribuição; Homenagem da SOBRAMES – 80 Anos; Aniversário do Oitentão; O Cordel do Oitentão; O Encontro lá no ENOTEL; A Saga da Rádio Novo Nordeste – A Pioneira; A Vida Me Testa; São João na Tribo de Judá; Manoel Fernandes de Lima – Um Doutor Simplório.

“ EU VOU CONTAR PRA VOCÊ/ A HISTÓRIA DE UM VAQUEIRO/ ALGUNS TRAÇOS BIOGRÁFICOS/ DAQUELE DOUTOR-VAQUEIRO/ ENGENHEIRO E PROFESSOR/ MAS SEU DESTINO: FAZENDEIRO./ EM DEZESSEIS DE JUNHO/ DE TRINTA E OITO, O ANO/ DO JÁ PASSADO MILÊNIO/ VEIO À LUZ AMADO MANO/ NA FAZENDA SÃO LOURENÇO/ RUDE AGRESTE ALAGOANO./ FILHO DE JOÃOZINHO E GERTRUDES/ VIÇOSENSES DE LINHAGEM/ NETO DO CAPITÃO CAZUZA/SENHOR DE ENGENHO E PASTAGEM/ BISNETO DO CORONEL FERNANDES/ … LENDÁRIA PERSONAGEM./ LIVRE INFANTE DA RIBEIRA/ DO PARAÍBA DAS ALAGOAS/ TIBUNGAVA NA CORREDORA/ PISANDO NA AREIA DOS COROAS/ E SUBIA NA RIBANCEIRA / OH! QUE SAUDADE ! / TU MAGOAS…/ FORAM SETENTA E CINCO ANOS/ QUE VIVEU NESSE CHÃO DIVERSO/ E SÃO SETENTA E CINCO ESTROFES/ QUE EU CANTO EM SIGELO VERSO/ O REINADO DO DOUTOR/ NO SEU PEQUENO UNIVERSO”.

Na obra em epígrafe, encontram-se álbuns da família Veiga, Fernandes, Costa, Lima em homenagem ao desbravador nosso trisavô Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga. Que, por sua vez, aportou no Valle do Parayba vindo de plagas lusitanas. Adquiriu léguas de terras pertencentes ao padre Manoel Marques. Enfim, foi um português abastado que deixou marcas indeléveis que a poeira não conseguirá apagar.

O primo-irmão é considerado escritor do clã dos Veiga de Paulo Jacinto. Filho ilustre de tia Gertrudes (IN MEMORIAN).Autor de dezenas de livros e, por isso, sendo laureado com prêmios nacionais. Merece, pois, encômios pelos seus oitenta e seis anos (25.3.1933) completados no ano em curso. Inteligente, educado, e, sobretudo, cristão que acredita no Grande Arquiteto do Universo que é Deus. Organização: Francis Lawrence.