Alagoas
Cenarte recebe oficina de artesanato indígena

A Cultura Indígena foi destaque da Oficina de Artesanato realizada nessa segunda-feira (22) no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte). Os alunos colocaram a mão na massa e produziram colares com materiais retirados da própria natureza.
Durante todo o dia, os integrantes do grupo Dzubucuá, do povo Kariri Xocó, mostraram suas danças tradicionais e artesanato típico da cultura indígena, além de realizaram pintura corporal e comercializarem seu artesanato. A ação faz parte das atividades alusivas do Dia do Índio, celebrado no dia 19 de abril.
De nome que significa “pequeno rio”, Ryaconan, cacique do grupo indígena, ministra pelo segundo ano consecutivo a oficina no Cenarte. “Estamos muitos satisfeitos com a recepção do Cenarte. É com muito prazer que a gente vem expor um pouco do nosso trabalho e dos nossos costumes”, falou.
“Trabalhamos no sentido de trocar conhecimento. Trago da aldeia a minha vivência, como também quero levar um pouco da vivência da cidade grande, mostrando para o nosso povo que é diferente, mas que não deixamos de sermos irmãos”, destacou o cacique.
Dagmar Romeiro Borges adorou a oficina e saiu feliz do Cenarte mostrando o colar produzido durante o curso. “Foi maravilhoso. Estou encantada com o trabalho dos índios de Alagoas. Falaram da terra, dos produtos. Eles só usam coisas naturais, da selva, dos mares, dos rios”, disse.
A secretária de Cultura Mellina Freitas destacou a importância do resgate da cultura indígena. “A comunidade indígena é rica em valores culturais. A preservação da cultura dos povos indígenas é fundamental também para o resgate das tradições e ritos da comunidade”, afirmou Mellina Freitas.
Kariri-Xokó
A aldeia da tribo Kariri-xokó, situada no município de Porto Real do Colégio, à margem do rio São Francisco, agrega mais de 4.500 indígenas. Segundo o líder do grupo, 35% da população da aldeia vive do trabalho de exposição e venda de artesanato.
A comunidade indígena realiza um trabalho de preservação cultural. “Na aldeia, realizamos um trabalho de preparação educacional. Nossas crianças estudam na escola da comunidade até a 6ª série, aprendendo cantos, dança, oficinas de pintura e cerâmica, para perpetuarem as nossas tradições”, disse Ryaconan.
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