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O clã dos Veiga
Tudo começou com a chegada do abastado português ao Valle do Parayba nos idos de 1838, meu trisavô Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga. Segundo o primo-irmão médico-escritor Judá Fernandes de Lima. E, sendo assim , merece reproduzir o que escrevera no seu majestoso livro Um Genuíno Tangerino ( 2002).
“ Bravo pioneiro lusitano, veio das plagas de Vitória de Santo Antão-PE (1838), com mulher e mais sete filhos pequenos ( dois meninos e cinco meninas,Adquiriu muitas tarefas de terras de propriedade de um certo padre Manoel Marques, ainda sem moradia condigna. Desbravador incansável, logo edificou a hoje mais que sesquicentenária Capela de São Lourenço, do qual era devoto extremado,e o famoso Sobradão dos Veiga com seu genial corredor suspenso, a nível de 1º andar, assoalhado, com varanda de proteção, a céu aberto, todo em nobre madeira nativa. Uma paisagem natural entre o Sobradão e o coro da Capela. Nos fundos situava-se a infalível Senzala dos inditosos cativos”. Meu trisavô trouxe na sua mudança setenta escravos com seus respectivos nomes registrados em escritura pública.
Mais adiante Judá Fernandes acrescenta: “ Estabelecido na divisa do vizinho município de Quebrangulo, o intrépido Sucupira, também fundou um vilarejo, há um kilômetro da sede da Fazenda, construído para operários e escravos alforriados, prestadores de serviço remunerado. Trouxe, durante cerca de 74 anos o nome do seu benfeitor: Vila Lourenço. Entretanto, com a chegada dos ingleses, em 1912, naquela prosaica paragem, inaugurando a bela época da Maria Fumaça ( Companhia Great Western), passou a se chamar Vila de Paulo Jacinto”.
Com o falecimento do pioneiro Sucupira, assumiu os negócios da família meu bisavô Luís Veiga de Araújo Pessoa. Nasceu no ano de 1827, em Vitória de Santo Antão, e era o primogênito de Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga. Ficou conhecido como major Lulu ( Carta Patente da Guarda Nacional e sua fama foi muito além das fronteiras do estado). Notabilizando-se pelo tirocínio empresarial como próspero industrial/agricultor/pecuarista.
Genitor de meu avô materno José Luís Veiga Lima, ostentava com galhardia Carta Patente de capitão da Guarda Nacional, por Decreto de 5 de outubro de 1898, assinada pelo então presidente da República Manoel Ferraz de Campos Sales.Diga-se, de passagem, casou-se cinco vezes em face da morte prematura de suas dedicadas esposas.
Capitão Cazuza, por sua vez, consolidou o clã dos Veiga de Paulo Jacinto. Deixou quatorze filhos abastados. Homens católicos, temente a Deus. Hoje, se contempla médicos, economistas, fazendeiros, homens de comunicação como Aldo Veiga radicado na próspera cidade de Arapiraca. Dir-se-ia que me honra fazer parte dessa honrada família.Tenho procurado ser seguidor do exemplo deixado pelos meus ancestrais.Rogo, portanto, a proteção de São Lourenço.Organização: Francis Lawrence.
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