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Remuneração de Professores

28/02/2019
Remuneração de Professores

Este assunto, que sempre ocupa os meios de comunicação, mostra, à evidência,que os nossos Professores revelam-se DESMOTIVADOS e muitos abandonam as Salas de Aulas. Significa, portanto,   que a categoria sente-se desprestigiada, sem estrutura de trabalho e sem condições para que possa investir numa formação permanente. É a triste realidade. Com salários humilhantes, impedidos de se aperfeiçoarem e ameaçados pela ausência de segurança, tem-se um afastamento, também, por doenças psicológicas e físicas, gerando o crescimento da carência de docentes. De conseguinte, padecem os discentes, seus pais e, num olhar bem mais amplo,  a nossa sociedade. Some-se a isto, o desrespeito à classe e a indisciplina de alunos, como fatores que contribuem induvidosamente, para o agravamento da situação vivenciada.

Vejam um dado estarrecedor: Uma pesquisa não muito distante (desconheço outra revertendo tal situação),envolvendo 100 mil alunos, em 34 Países, evidencia que somente 12,6  dos Professores brasileiros , mostram-se valorizados. Num universo de quase 88% de educadores, portanto, observa-se a decadência da nossa Educação, porque o Poder Público não sinaliza para um solução capaz  de reverter, pelo menos a médio prazo, esse tristonho e repelente quadro. Entendo que o Governo Federal precisa agir rápido e com objetividade, no sentido de prestar ajuda aos Estados e Municípios carentes, porque a riqueza nacional não se localiza em Brasília. Percebe-se  que gastos exagerados e sem retorno, estão ali concentrados: Ministérios, Agências, Estatais, Órgãos desnecessários, Cartões Corporativos, etc.

Tenho assistido os pronunciamentos de especialistas na matéria, realçando a posição do ex-Senador e conceituado Mestre CRISTOVAM BUARQUE, estudioso do tema aqui abordado, onde traça com letras desalentadoras, as PERDAS deste País, com destaque para o Sistema Educacional. Quando lemos informações que procuram contestar a realidade nacional, trazendo  elementos que divergem substancialmente do que de fato ocorre neste Setor , só podemos imaginar que houve distorção na elaboração de cálculos e de “ metas alcançadas”. Uma constatação irrefutável: a)- NOS VESTIBULARES , UM BAIXO NÚMERO DE APROVEITAMENTO; b)- NOS CONCURSOS PÚBLICOS, UM REDUZIDO ÍNDICE DE APROVAÇÃO; c)- NOS DESEMPENHOS DE TÉCNICOS DE TODOS OS NÍVEIS, PERCEBE-SE , ALGUMAS VEZES, A INSEGURANÇA E A FALTA DE CAPACIDADE CRIATIVA e DE TRABALHO QUALIFICADO.É o resultado, inquestionavelmente, da  ausência de uma BASE sólida que permita a pessoa se projetar, ser mais útil e confiável. Cadê a tão falada INOVAÇÃO?

Lamenta-se a preferência por projetos que poderiam ter sido adiados  (vide o exemplo da Copa do Mundo e Olimpíades), seus gastos e o fracasso da nossa querida Seleção, que já é penta). Não importa afirmar que o Evento foi um sucesso e que valeu a hospitalidade dos brasileiros. Esta, sem qualquer retoque, é a grande marca do nosso sofrido povo, máxime em se tratando de Futebol, esporte que contamina e eletriza as massas. Interessante avaliar certas  afirmações de que não havia manifestação contra a Copa. Indaga-se e responde-se ao mesmo tempo: FOI CONTRA QUEM ? O GOVERNO, LÓGICAMENTE. A alegria, logo, logo se dissipou. A carraspana, a ressaca, que surgiram por um fato natural, isto é, os Estádios ( ou Arenas na nova concepção, estão vazios ( Manaus, Brasília, Natal, etc) como exemplos de baixo público nas disputas regionais e até Nacional).  Contudo, houve financiamentos a juros subsidiados, ou seja, o Poder Público gastou e sustentou a captação dos recursos induvidosamente secundários, enquanto que os investimentos para áreas carentes, do interesse da população, deixam de ser aplicados. Fogem. Não se suporta mais desculpas esfarrapadas.