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O Tabelião
Recebi, com grande satisfação, o 35º livro do escritor-historiador-imortal da Academia Alagoana de Letras (AAL), Dr. Ivan Bezerra de Barros; vetusto sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI), bem como seu jovem filho Vladimir Barros, Editor Chefe da Tribuna do Sertão o maior/melhor jornal do hinterland alagoano .Diga-se, de passagem, cada dia que se passa torna-se porta-voz dos amantes do bom jornalismo.
Dir-se-ia que Ivan Barros, por sua vez, tornou-se o maior historiador da Terra dos Xucurus. Honra-a com sua intelectualidade contextualizada nas dezenas de livros escritos ao longo de sua profícua existência. Obras de direito, de política, biografia, jornalismo, história, e, principalmente, de temáticas da contemporaneidade que tanto domina. Um homem justo, honrado promotor de Justiça emérito que, ao longo de sua profícua trajetória, tornou-se um Cervantes à procura de opinar com lealdade sobre os casos que lhe eram atribuídos por força de suas relevantes funções desempenhadas com zelo/competência.
Agora. Amadurecido na peleja da vida traz à tona a história de seu pai-adotivo Luiz Vieira de Barros. Homem público probo, que a pedido do saudoso Gastão Pontes de Miranda fora nomeado pelo então governador Silvestre Péricles Tabelião do Município por vários anos consecutivos.E, portanto, realizou um trabalho digno que a poeira do tempo não conseguirá apagar. Fez tudo correto. Desde sua vida de homem simples, pai de família admirado por todos os que o conheceram à época.
Nesse contexto, o autor inseriu no O Tabelião a verdadeira história de sua saudosa genitora Dona Marieta. Aquela que sofreu, criou seus filhos sem jamais deixar de cumprir seu dever de esposa dedicada àquele que lhe acolheu e a trouxe à Palmeira dos Índios para dirigir sua residência.E, sendo assim, seu ilustre filho a consagra como mulher bonita, inteligente, cheia de amor a serviço do bem.
Por outro lado, refere-se ao seu verdadeiro pai Luiz de Barros como amigo que o mandou à cidade Maravilhosa para exercer o cargo de repórter da extinta Manchete. Incentivou-o a estudar direito.E, tempos depois, voltou à terrinha para ser promotor de justiça concursado por vários anos. Imitou Cervantes defendendo a liberdade, o direito dos injustiçados pelos algozes. Nunca deixou de servir à Justiça com dignidade.Orador consagrado no seu tempo, Palmeira ainda se lembra de suas explanações jurídicas inseridas nos anais do seu tempo.
“Luiz de Barros que já havia encontrado Marieta, enamorado por ela, e sabendo de seu drama, fez-lhe uma proposta para morarem juntos em Palmeira dos Índios, prometendo assumir a paternidade da criança que ela carregava no ventre : EU”. Gesto magnânimo, de um cidadão que reconheceu o sofrimento de uma mãe abandonada pelo um fazendeiro bruto que morava nas suas terras. Casou-se com ela. Foi leal à sua promessa de casamento. Enfim, cumpriu à risca o que prometera aquela senhora de bom caráter.
Pai-amigo do filho ilustre Ivan Barros .Não se pode mensurar esse amor paterno. Recheado de dignidade.Homem que soube aproveitar seu tempo de Tabelião. E, ao mesmo tempo, cuidar de sua família à altura das necessidades da época .Por essas razões, Ivan Barros introduziu a canção de Oswaldo Montenegro – A Lista – onde exalta os amigos. Felicito-o pela grandeza de sua obra. Pela coragem de detalhar a saga de sua inesquecível genitora. E, principalmente, fazendo Justiça ao pai que o criou, educando-o para seguir seu caminho de benfeitor da humanidade. Felicidades a esse grande amigo Ivan Barros.Que, por sua vez, tornou-se exemplo a ser seguido.Organização: Francis Lawrence.
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