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A Face Divina
Por consequência, o Criador não apoia manifestações de ódio em Seu Santo Nome. Muito apreciável, portanto, esta admoestação de Martinho Lutero (1483-1546): “Não desejo que as pessoas lutem em favor do Evangelho pela força e pelo morticínio. O mundo tem de ser conquistado com a palavra de Deus”.
A que Deus se refere o Reformador? Certamente que não ao antropomórfico, criado à imagem e semelhança do homem, mas a respeito Daquele, definido por João Evangelista, na sua Primeira Epístola, 4:16: “E nós conhecemos e cremos no Amor que Deus tem por nós. Deus é Amor. E aquele que permanece no Amor permanece em Deus, e Deus, nele”.
E tamanha é a compreensão que Lutero tinha de Deus que o versículo de sua preferência na Bíblia fala por si mesmo, a quem tem “olhos de ver e ouvidos de ouvir”: “De tal maneira amou Deus ao mundo, que lhe deu o Seu Filho Unigênito, de forma que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna”. (Evangelho do Cristo, segundo João, 3:16.)
O velho pregador germânico sabia que não há outro caminho, senão o do Amor, sinônimo de Caridade.
Outro sábio da História, Dante Alighieri (1265-1321), em A Divina Comédia, escreveu: “O Amor é a energia que move os mundos”.
Por isso, viver afastado Dele é sofrer a orfandade da Alma. O Deus Divino não tem bigode nem barba. A Sua Face é o Amor.
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