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Investidor se interessa por robô, mas não entende como funciona
Os robôs de investimento têm ganhado espaço nos últimos tempos – mas, embora despertem interesse, pouca gente entende como eles funcionam. Segundo pesquisa da gestora Legg Mason, mais da metade (52%) dos investidores brasileiros pretende aplicar via robôs nos próximos cinco anos. No entanto, só 23% estão bem familiarizados com o conceito – e um terço não faz ideia de como operam os robôs.
Criados por fintechs, os robôs de investimento são plataformas que montam, de forma automatizada, portfólios com produtos de renda fixa e variável de acordo com o perfil do investidor – a custos, em geral, bem mais baixos que as taxas cobradas do aplicador de pequeno porte.
No levantamento da Legg Mason, realizado em 17 países, o interesse dos brasileiros em delegar carteiras a algoritmos ficou bem acima da média global, de 37%. A gestora ouviu mil investidores brasileiros comprometidos a investir ao menos R$ 50 mil nos próximos 12 meses.
“O robô ainda não é uma coisa tão difundida nem aqui e nem no resto do mundo”, diz Roberto Teperman, diretor de vendas da Legg Mason. “O brasileiro gosta de aderir à tecnologia, mas é um processo.”
Ele também observa que esse tipo de investimento tem como alvo, em geral, investidores de menor porte.
Para Luciano Tavares fundador da plataforma Magnetis, além do fator novidade, o desconhecimento ainda está muito atrelado à falta de informação financeira. “Não à toa que a principal modalidade de investimento é a poupança, e o Tesouro Direto, apesar do crescimento, ainda é pouco conhecido.”
Ele pontua também que os algoritmos não “trabalham sozinhos”. “Há uma equipe por trás, para ajudar e tirar dúvidas.”
Já o Warren quer se desvincular da imagem de robô e ser visto como uma “corretora 100% focada no cliente”, diz o sócio-fundador Tito Gusmão. Para estreitar o “elo humano”, a empresa vai, nos próximos dias, permitir que planejadores financeiros se conectem à plataforma. Mas, diferentemente de agentes autônomos, que recebem comissões sobre os produtos vendidos, será cobrada uma taxa fixa sobre o patrimônio do aplicador, para não haver conflito de interesses.
Também nessa onda, a Monetus lançou há três meses uma assessoria financeira, que custa de R$ 1 mil a R$ 4 mil por ano. “Qualquer cliente pode tirar dúvidas e ser atendido gratuitamente. Mas, quem quiser um planejamento completo pode aderir a esse serviço”, diz o sócio Daniel Calonge. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Anna Carolina Papp
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