Geral
Taxas de juros oscilam perto da estabilidade após Copom e com dólar fraco
Os juros futuros oscilam ao redor da estabilidade na manhã desta quinta-feira, dia 1º, após terem iniciado os negócios com viés de baixa, em linha com a desvalorização do dólar ante o real e no exterior. Na quarta-feira, 31, as taxas fecharam com viés de baixa nos vencimentos mais curtos e de alta nos mais longos.
Às 9h53 desta quinta, o DI para janeiro de 2021 estava em 8,13%, ante 8,12% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2023 indicava 9,26%, de 9,27% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista caía 0,69% neste horário, a R$ 3,7027. O dólar futuro de dezembro recuava 0,54%, a R$ 3,7115.
A decisão do Copom de manter a Selic em 6,5% já era amplamente esperada e gera reação limitada das taxas. No comunicado do Copom, o Banco Central sinalizou que o risco de as reformas econômicas não continuarem pode ter diminuído no Brasil, ainda que não tenha se referido à eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente. “O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes”, diz o comunicado.
O economista-sênior do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano, disse nesta quarta-feira ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a curva tende a seguir mais a dinâmica dos mercados do que reagir ao comunicado.
“O texto veio dentro do esperado, sem surpresa. O BC continua colocando alguma assimetria no balanço de riscos, para mais inflação do que para menos, mas isso diminuiu em relação ao anterior. Esse é o destaque, mas a mensagem geral é a mesma”, afirmou.
Investidores olham também a queda de 1,8% da produção industrial brasileira em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. O recuo foi bem maior que a mediana das projeções, que indicavam uma variação negativa de 0,9%. Ainda assim, o resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,80% até uma alta de 0,60%.
No radar está também reunião entre o juiz Sérgio Moro com Bolsonaro, que ainda ocorria às 10h. A expectativa é a de que o juiz da Lava Jato na primeira instância aceite o convite para ir para o Ministério da Justiça.
O mercado também monitora as chances de ao menos parte da reforma da Previdência passar este ano, como pretende Bolsonaro. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), no entanto, descartou na quarta votar essa reforma ainda na gestão Michel Temer.
Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,48% em outubro, em leve aceleração ante a alta de 0,45% registrada em setembro, abaixo da mediana de 0,55% obtida em pesquisa do Projeções Broadcast com instituições do mercado e dentro do intervalo, que ia de 0,47% a 0,58%.
O feriado desta sexta-feira, dia 2, no Brasil pode trazer alguma cautela mais tarde, uma vez que nos Estados Unidos será divulgado o relatório de emprego de outubro na sexta e os mercados vão funcionar normalmente.
Autor: Silvana Rocha
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1LITORAL NORTE
Incêndio de grande proporção atinge Vila Porto de Pedras em São Miguel dos Milagres
-
2DEMARCAÇÃO EM DEBATE
Homologação de terras indígenas em Palmeira dos Índios é pauta de reunião entre Adeilson Bezerra e pequenos agricultores
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Mesmo com nova gestora, a prefeita Luiza, 19 dos 24 secretários devem permanecer na prefeitura; veja a lista
-
4SAÚDE
Lady Gaga em Copacabana: Artista usa Yoga para tratar condição que fez cancelar show no Brasil em 2017
-
5SUCESSÃO
Disputa na OEA: Caribe se organiza e Paraguai busca apoio de Lula e Trump para novo secretário-geral