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Dólar recua em linha com exterior, leilão de swap e agenda do novo governo
O dólar opera em baixa no mercado doméstico na manhã desta quinta-feira, dia 1º. Os ajustes precificam a desvalorização predominante da moeda americana no exterior e o início da rolagem do vencimento de swap cambial de dezembro, que totaliza 244.340 contratos (US$ 12,217 bilhões). A decisão do Copom de manter a Selic em 6,5% já era amplamente esperada e gera reação limitada nos mercados.
Investidores monitoram reunião do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com o juiz Sergio Moro, que ainda estava em curso por volta das 9h45, e as discussões em torno da proposta de reforma da Previdência. Segundo operadores, agrada aos investidores a informação de que a equipe de Bolsonaro terá à sua disposição uma proposta mais ampla de mudanças nas regras de aposentadoria e pensão no Brasil, formulada pelo grupo coordenado pelos economistas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, e Paulo Tafner, especialista em Previdência. O texto já foi entregue ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe no dia seguinte à eleição de Bolsonaro.
Mais cedo, o IBGE informou que a produção industrial do País caiu 1,8% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. A queda foi bem maior que a mediana das projeções, que indicavam uma variação negativa de 0,9%. Ainda assim, o resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,8% até uma alta de 0,6%.
Em relação a setembro de 2017, a produção caiu 2%. Esse recuo foi também bem maior que a mediana das estimativas, que apontavam uma queda de 0,7%. No ano, a indústria teve alta de 1,9%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou avanço de 2,7%.
No exterior, o índice DXY do dólar se enfraquece, num movimento de correção gerado principalmente pelo bom desempenho da libra e do euro e em meio ao avanço das bolsas europeias e futuros dos índices acionários de Nova York. A moeda britânica vem se fortalecendo desde quarta-feira, 31, diante de sinais de que o Reino Unido está mais próximo de fechar um acordo para o Brexit, como é conhecido o processo para a retirada do país da União Europeia. Mais cedo, a libra atingiu máxima em nove dias de US$ 1,2929, em reação à decisão do Banco da Inglaterra (BoE).
O BoE, como amplamente esperado pelos mercados, deixou a taxa de juros inalterada em 0,75% ao ano e alertou que as perspectivas para a economia global se agravaram, apontando que o protecionismo crescente e os estresses nos mercados emergentes correm o risco de derrubar o crescimento. Todos os dirigentes da autoridade monetária inglesa foram unânimes em deixar a taxa inalterada.
Às 9h30 desta quinta=feira, o dólar à vista caía 0,97%, a R$ 3,6922. O dólar futuro de dezembro recuava 0,80%, a R$ 3,7015.
Autor: Silvana Rocha
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