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Teto de gastos foi aprovado de maneira ‘completamente irresponsável’, diz França
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), disse nesta sexta-feira, 14, que a maneira como foi aprovado o teto dos gastos “foi completamente irresponsável”. Ele fez esta afirmação logo após ter recebido o “Prêmio Excelência em Competitividade” pelo 1º lugar na 7ª Edição do Ranking Competitividade dos Estados, conferido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), The Economist Brasil e Tendências Consultoria Integrada.
São Paulo, que fez um importante ajuste fiscal – e por isso saltou nove posições no pilar gestão fiscal no ranking -, não estabeleceu um teto para os gastos. “Eu acho que a maneira como foi aprovado o teto dos gastos foi completamente irresponsável”, disse o governador. Para ele, só pode se ter teto de gastos estabelecido num momento em que o Brasil estivesse crescendo.
“Eles governo federal fizeram o teto de gastos quando o Brasil estava caindo. Suponha que nós cresçamos no ano eu vem 4%, 5%, 6%, que é o que estou esperando para São Paulo e para o Brasil, o que vamos fazer? Eu tenho três hospitais para entregar? Vou deixar prédios públicos parados, fechados? Isso não tem nenhuma lógica”, criticou o governador.
Segundo França, teto de gastos tem que ser proporcional ao crescimento do orçamento do Estado. Tem que ter um limite, disse ele, mas não se pode, na avaliação do governador, congelar tudo porque o serviço público ainda não está no padrão que deveria estar. “E o teto dos gastos foi feito exatamente no momento pior do Brasil. Mais uma ideia emedebista-petista como se você matasse o efeito sem solucionar a queda”, criticou.
França disse que mesmo com o ajuste fiscal feito em São Paulo não houve atraso no pagamento de salários e 13º e não houve fechamento de universidades. “Nós estamos com mais de mil obras em andamento. É claro que muitas delas não tiveram o ritmo que deveria ter. É só olhar as obras grandes para ver que muitas delas tiveram problemas, mas é incomparável a situação de São Paulo em relação a outros Estados que deixaram de pagar salários”, ponderou.
Autor: Francisco Carlos de Assis
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