Geral
MP diz que eleição à presidência do Corinthians ‘foi brincadeira de má-fé’
O promotor Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira para explicar o processo criminal envolvendo a eleição do Corinthians. Ele afirmou considerou o pleito uma “brincadeira de má-fé” e considerou uma vitória do órgão a aplicação da multa para a empresa responsável.
Na segunda-feira, a audiência pública determinou que a empresa Telemeeting, responsável pela apuração das urnas eletrônicas, fosse multada em seis salários mínimos (R$ 5.724,00). A empresa aceitou o acordo.
“Não temos nos autos nenhuma prova de que algum candidato teve envolvimento nisso. O que temos é que essa eleição é inexistente. Seria como fazer um exame e, ao invés de um médico usar uma tomografia, ele tirar uma foto. A eleição foi uma brincadeira de má-fé com o associado. Não teve seriedade”, explicou.
As investigações do inquérito policial foram feitas pela 5.ª Delegacia de Polícia e Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). O Ministério Público de São Paulo decidiu processar a Telemeeting Brasil, empresa contratada para fazer a eleição presidencial corintiana, por violação do Código de Defesa do Consumidor.
“Não foi garantido o sigilo, a lisura do pleito, porque a própria investigação apontou uma série de evidências, de fatos que tiram a credibilidade. Não tem nenhuma credibilidade essa eleição. Na parte criminal, alcançamos o intento, que era o inquérito policial”, completou.
Na visão do MP, a empresa não entregou o serviço proposto ao clube. Os principais problemas foram: desconformidade do serviço, falta de segurança e de credibilidade no programa da urna eletrônica.
A suspeita dos candidatos derrotados era de que ao menos uma urna havia sofrido adulteração e que, com isso, votos não haviam sido computados. A ação tinha como autor o candidato derrotado Paulo Garcia; no MP era o titular penal. Duas empresas realizaram perícias nas urnas.
Os candidatos ainda podem entrar com uma ação civil para tentar anular a eleição. O alvo dessa eventual ação seria agora o Corinthians e não mais a empresa prestadora de serviços. Desde que foi eleito, o presidente Andrés Sanchez comanda o clube. O Corinthians ainda não se manifestou de forma oficial sobre o episódio.
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1INDÍGENAS CELEBRAM
Mais de 7 mil hectares de terras serão demarcadas em Palmeira dos Índios
-
2JUSTIÇA
Promotoria solicita perícia em hospital adquirido pela Prefeitura de Maceió para investigar supostas irregularidades
-
3DISPENSA POR ABANDONO
Antes de se reunir com deputados do PT, governo de SC determinou que irá demitir professores em greve
-
4PISTA ESCORREGADIA
Ônibus tomba na Serra das Pias, em Palmeira dos Índios; não houve vítimas
-
5PREVISÃO DO TEMPO
Quase todo o Estado de Alagoas tem alerta de chuvas intensas até sexta-feira