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Confiança da construção cai 1,6 ponto em agosto, para 79,4 pontos, diz FGV
O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,6 ponto em agosto ante julho, alcançando 79,4 pontos, após ter atingido 81,0 pontos em julho, quando houve expansão de 1,7 ponto do indicador.
“Em apenas três meses, o Índice de Expectativas retrocedeu ao patamar de agosto do ano passado. O resultado sugere uma piora mais definitiva no cenário de retomada vislumbrado anteriormente pelas empresas da construção”, aponta Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. “Embora a percepção em relação aos negócios no momento corrente tenha melhorado nos últimos 12 meses, uma reversão desse movimento ainda deixaria a atividade em níveis historicamente muito baixos”, afirma.
A piora das expectativas referentes ao curto prazo foi o fator que influenciou “exclusivamente” a queda da confiança no setor, destaca o Ibre/FGV. No período, foi verificada queda de 3,5 pontos, para 87,5 pontos, no menor nível desde julho do ano passado (85,0) para o Índice de Expectativas (IE). Os dois itens componentes do indicador sofreram queda: demanda prevista retraiu 3,2 pontos, enquanto o indicador de tendência dos negócios caiu 3,7 pontos.
O Índice de Situação Atual (ISA), por sua vez, avançou 0,3 ponto e marcou a terceira alta consecutiva, atingindo 71,7 pontos, beneficiada por uma ligeira melhora sobre a percepção atual dos negócios.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) sofreu queda de 0,5 ponto porcentual, atingindo 65,0%. Ao mesmo tempo, o NUCI de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos trabalharam em queda, com variações de -0,6 p.p. e -0,7 p.p., respectivamente.
O Ibre/FGV aponta que a confiança empresarial em agosto foi afetada por uma “queda expressiva” do indicador de demanda prevista para os próximos três meses, que recuou 4,1 pontos entre as empresas de Edificações, num movimento mais intenso que a queda média de 3,2 pontos no setor de Construção como um todo. “É possível que a mudança esteja relacionada ao aumento das incertezas dos últimos meses, mas não permite ainda apontar uma reversão da melhora do mercado registrada desde o ano passado”, comenta Ana.
Autor: Caio Rinaldi
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