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Juros fecham em alta com cautela sobre pesquisas da corrida presidencial
Os juros futuros fecharam a sessão regular desta segunda-feira, 20, em alta, que foi mais forte nos contratos de longo prazo, refletindo a piora na percepção do risco eleitoral. A pesquisa CNT/MDA, divulgada no fim da manhã, já vinha pesando sobre os negócios e o mercado ampliou a postura defensiva à tarde antes da divulgação dos números da corrida presidencial do Ibope, esta noite.
Diante do aumento da cautela, os juros renovaram máximas na última hora de negócios, juntamente com o dólar, que chegou nos R$ 3,9713 na máxima do dia.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,27%, de 8,19% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 subiu de 9,26% para 9,37%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 10,99%, de 10,85%, e a do DI para janeiro de 2025 avançou para 11,74%, de 11,60%.
Pelos números da pesquisa CNT/MDA, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, nome que mais agrada ao mercado para assumir a Presidência, estaria fora do segundo turno, enquanto, pelas simulações, Fernando Haddad (PT) tem o maior potencial para herdar os votos do ex-presidente Lula, caso este tenha sua candidatura impugnada.
Lula, que está preso desde abril, tem 37,3% das intenções de voto. Atrás do petista aparecem Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8%, e Marina Silva (Rede), com 5,6%. Alckmin está em 4º lugar, com 4,9% das intenções. Ciro Gomes, do PDT, vem atrás do tucano, com 4,1%.
Sem Lula, a pesquisa indica que dos 37,3% que citaram o ex-presidente Lula na pesquisa estimulada, 17,3% migrariam seus votos para Haddad, candidato a vice na chapa do PT.
Em seguida, Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) seriam os principais beneficiados, nesta ordem. A pesquisa da CNT/MDA está registrada no Tribunal Superior Eleitora (TSE) sob o número BR-09086/2018.
No exterior, o dólar está em baixa ante as moedas fortes, mas avança em relação à maioria das economias emergentes. No Brasil, esse efeito é potencializado pelas incertezas do cenário eleitoral. Às 16h37, o dólar à vista era cotado em R$ 3,9608 (+1,19%).
Autor: Denise Abarca
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