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O pai, no dia dos pais

14/08/2018
O pai, no dia dos pais

Pai é o homem que gerou um ou mais filhos; é genitor ou progenitor em relação aos seus filhos, naturais ou adotivos. Pai é uma palavra de origem latina (pater), que representa a figura paternal de uma família, ou o genitor de uma pessoa humana. O conceito de pai é amplo e não se restringe a uma pessoa que é o pai biológico de alguém. Um pai adotivo ou um pai de criação, apesar de não ter gerado este filho, não deixa de ser um pai. Na sociedade humana, um pai tem a função de amar e educar uma criança, dando resposta às suas necessidades mais básicas, para que ocorra o seu saudável desenvolvimento físico, emocional, psicológico e espiritual.

Quando usamos a palavra PAI, com as letras maiúsculas, normalmente, estamos nos referindo ao Pai Eterno (a Deus), sendo que também usamos algumas expressões usadas para descrever Deus, como Pai Eterno, Pai Celestial, Pai de Amor, Pai Nosso, etc. O Pai Nosso é uma famosa oração de Jesus, que se encontra no Evangelho de Mateus (Cap. 6: versículos 9-13). Sendo esta uma importante oração no âmbito da Religião Cristã. O Pai Nosso é um modelo de oração, usada por Jesus para ensinar como as pessoas devem se dirigir a Deus. Quanto à comemoração do Dia dos Pais no Brasil, temos sua celebração no segundo domingo de agosto, sendo uma data onde é festejada a existência dos pais nos ambientes familiares. Nesse dia, os filhos prestam homenagem aos seus pais através de mensagens, poemas e presentes.

Na opinião da jovem judia vítima dos Nazistas, ANNE FRANK (1929-1945), que foi assassinada aos 16 anos de idade, “os pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação final do caráter de uma pessoa está em suas próprias mãos”. Por isso, em seu calvário, essa menina-moça sentenciou: “os abraços foram feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar”.

E foi com essa disposição em amar e demonstrar esse amor, que o escritor espírita francês ALLAN KARDEC (1804-1869) arrematou com esse ensinamento: “honrar o pai e a mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionar-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.” De acordo com KARDEC, “Deus colocou a criança sob a tutela dos pais para que eles a conduzam no caminho do bem, e lhes facilitou a tarefa ao conceder à criança uma constituição frágil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões”. Mas, também ele advertiu, se certos pais descuidam dos seus deveres para com seus filhos, não são os filhos que devem puni-los, mas somente Deus é quem compete repreende-los.

Nesse paralelo entre pais e filhos, o filósofo alemão NIETZSCHE (1844-1900) leciona: “os pais fazem dos filhos, involuntariamente, algo semelhante a eles, a isso denominam ‘educação’, nenhuma mãe duvida, no fundo do coração, que ao ter seu filho, pariu uma propriedade; nenhum pai discute o direito de submeter o filho aos seus conceitos e valorações”. Portanto, é preciso muito cuidado na orientação educacional dos filhos, advoga o escritor colombiano GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ (1927-2014), pois “os filhos herdam as loucuras dos pais”. Nesse particular, o escritor alemão JOHANN GOETHE (17489-1832) aplica a sua máxima: “não devemos moldar os filhos de acordo com os nossos sentimentos; devemos tê-los e amá-los do modo como nos foram dados por Deus”.

Em sendo assim, orienta o psicanalista paulista AUGUSTO CURY (1958): “os pais têm de deixar claro quais são os pontos a serem negociados e quais são os limites inegociáveis. Por exemplo, ir para cama de madrugada durante a semana e ter de acordar cedo para estudar é inaceitável e, portanto inegociável”. Isso quer dizer que, o papel do Pai é muito importante na vida dos filhos. Na opinião do orador e sacerdote anglo-galês GEORGE HERBERT (1593-1633), “um pai vale mais do que uma centena de mestres-escolas”.

Para o poeta paraibano AUGUSTO DOS SANJOS (1884-1914) os filhos devem sempre estar juntos dos pais: “… para onde fores, Pai, / para onde fores, / Irei também, trilhando as mesmas ruas…/ Tu, para amenizar as dores tuas,/ Eu, para amenizar as minhas dores!”  Isso porque, na visão do mestre espiritual armênio GEORGE GURDJIEFF, “o verdadeiro sinal de que um homem é bom é ele amar seu pai e sua mãe”. Pensemos nisso! Por hoje é só.