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Em linha com dólar forte, juros futuros abrem em forte alta
Os juros futuros abriram em forte alta nesta segunda-feira, 13, refletindo a indisposição do investidor global em aplicar em ativos de risco por conta da crise protagonizada pela Turquia. Como escreveu em relatório o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o “forte mau humor com a Turquia persiste nesse início de semana, com os principais mercados internacionais refletindo forte aversão ao risco por parte de investidores, em sua maioria cautelosos com os possíveis contágios desta crise cambial, de confiança e, naturalmente, de receios de solvência”. Também pesa contra a economia turca a cobrança pelos Estados Unidos da tarifa ampliada sobre o aço turco a partir desta segunda.
Em linha com o câmbio, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) desaceleraram o avanço pouco após a abertura. A perda de força da moeda americana foi observada a partir das 9h30 nos mercados doméstico e também no exterior. A lira turca reduziu as perdas em meio a relatos de que o pastor americano Andrew Brunson poderia ser libertado na Turquia. A situação do pastor é um entrave para a relação bilateral entre Estados Unidos e a Turquia, o que levou o presidente americano, Donald Trump, a anunciar, na sexta-feira, a elevação de 25% para 50% da tarifa de importação sobre aço e alumínio. Já houve, porém, também relatos de que Brunson pode não ser solto.
Na cena doméstica, a atenção segue para a corrida presidencial. No radar, estão novas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, com previsão de sondagem Ibope no fim da semana. Na quinta-feira, começa a campanha de rua dos candidatos.
A agenda local é fraca e traz, portanto, poucos vetores para os ativos domésticos. Divulgado nesta segunda-feira cedo pelo Banco Central, o Relatório de Mercado Focus mostrou que as projeções para IPCA para 2018 subiram de 4,11% para 4,15% e para 2019 permaneceram em 4,10%. As estimativas para Selic seguiram inalteradas. Já a projeção para o PIB de 2018 teve leve recuo, de 1,50% para 1,49%.
Às 9h14, o DI para janeiro de 2021 exibia 9,55%, mínima, ante 9,73% na máxima intraday e 9,525% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2025 estava em 11,74% ante 11,663% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2027 estava en 12,09% ante 12,013% no ajuste de sexta-feira.
Autor: Karla Spotorno
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