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São Pedro Crisólogo
Há uma cidade italiana chamada Ravena, que chegou a ter grandiosa fama, pois chegou a ser sede do Império do Ocidente, lá nos primeiros séculos, ou melhor dizendo, no quinto século da era cristã. É bastante dizer que foi sede de bispado no tempo de Pedro, Apóstolo.
A Igreja Católica, nos tempos atuais, celebra a memória de um outro Pedro que é chamado Crisólogo, isto é, Palavra de Ouro.
Esse Pedro, nascido em Ímola, não muito distante de Ravena, estudou numa escola, sob orientação de um bispo. Este, que era bispo de Ímola, observando os dotes de inteligência e de piedade do aludido Pedro, concedeu-lhe o diaconato.
Conferiu-lhe posteriormente o direito de dirigir a Diocese. Muitos de seus habitantes viviam em ambiente de decadência moral. Diante disso, Pedro houve por bem pensar em entrar em um convento com a finalidade de se entregar à oração e às obras de caridade.
Eis que pouco depois da resolução de Pedro, veio a falecer o bispo de Ravena. Os fiéis de Ravena e os sacerdotes insistiram para que Pedro ficasse à frente da Diocese. Além do mais, o então Papa da época, chamado Celestino I também insistiu no mesmo sentido. Diante disso, não houve outra saída a não ser aceitar a Diocese e para isso, fazia frequentemente rigorosos jejuns e mortificações.
Assim escreveu Dom Servilio Conti: “Como pregador eloquente e esclarecido, gravou nos anais da Igreja seu nome como um dos mais preclaros. Com sua palavra oportuna e incisiva, Pedro conseguiu não só a conversão de muitos pagãos mas também a abolição de festas escandalosas de cunho pagão que se celebravam cada ano, no mês de janeiro. Pedro foi um grande protetor dos pobres, dos desvalidos, das viúvas, dos órfãos assim como uma pastor vigilante e zeloso. A imperatriz Gala Plácida escolheu-o como conselheiro particular.”
Observa-se frequentemente em seus sermões um ponto muito importante e simpático. Trata-se na frequência de suas insistências em declarar que Deus prefere ser amado a ser temido.
Com efeito, dentre tantas passagens dos evangelhos, vamos lembrar, por exemplo, quando Jesus já estava no alto da cruz. O ladrão que estava também crucificado observando que Jesus estava prestes a entrar em agonia, voltou-se para Jesus e disse: “Senhor, lembra-te de mim, quando estiveres no teu reino”. Qual a resposta de Cristo? Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.
A parábola do filho pródigo é algo que reflete a bondade e a misericórdia de Deus. Quando o jovem gastou toda a sua herança, foi cuidar de uns porcos e não teve direito de comer do que era dado aos porcos.
O filho pródigo pensou: Quantos empregados na casa de meu pai e eu aqui passando fome. Resolveu voltar à casa paterna e, mesmo que não fosse recebido como filho, ficaria ao menos, trabalhando como empregado.
O pai recebeu o filho, como filho que era. Então houve festa pela volta do filho à casa do pai, que era também a sua casa. Eis por que Pedro Crisólogo seguiu as pegadas de Cristo, mostrando sempre a bondade e a misericórdia do Pai que está nos céus.
“Pedro faleceu no ano 450 e seu corpo foi sepultado na Igreja de São Cassiano, em Ímola. A posteridade conferiu-lhe o título de Crisólogo, orador áureo, pondo em relevo a grande eloquência do Santo.” O santo é comemorado no dia 30 de julho.
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