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Petrobras pagará bônus por adesão a novo plano
A Petrobras vai apresentar nesta segunda-feira, 2, aos funcionários o seu novo Plano de Carreiras e Remuneração, que facilita a mobilidade interna dos empregados e estabelece um sistema de meritocracia, em que a progressão de carreira se dá por mérito. Para garantir a adesão total dos 62,7 mil empregados, a petroleira vai pagar um bônus para quem migrar do plano antigo para o novo.
O plano, que já foi apresentado na última sexta-feira aos gestores, simplifica a divisão dos empregados em dois cargos amplos – nível superior e nível técnico – em substituição às 36 carreiras de nível superior atual e 20 carreiras de nível médio.
Para o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi, o novo plano é uma forma de facilitar a realocação dos empregados diante do programa de desinvestimentos da Petrobrás e fechamento de unidades. A Federação ainda está analisando os impactos do plano para os trabalhadores.
No documento interno ao qual o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso, a Petrobras afirma que o pagamento de bônus se justifica porque o novo plano “está mais alinhado à Nova Cultura Petrobras, onde o mérito deve ser a base de todo reconhecimento. Além disso, manter dois planos em vigência é mais custoso e mais complexo”.
A adesão é voluntária e vai até 14 de setembro. Os empregados terão, a partir desta segunda, um simulador para saber quanto poderão receber de bônus se fizerem a migração.
Com o PCR até o crachá dos empregados será modificado. A identificação ficará apenas com nome e foto na parte frontal e todas as informações pessoais serão retiradas.
“Essa mudança segue uma tendência do mercado de não enfatizar hierarquia, tornando a comunicação e as relações interpessoais mais fluidas, além de proteger o empregado em casos de assaltos e sequestros”, diz o documento.
O plano estabelece também o conceito de mobilidade interna contínua, sob o argumento de que, desta maneira, os empregados poderão desenvolver diferentes carreiras ao longo de sua trajetória com maior flexibilidade.
Os títulos de formação acadêmica também não terão mais peso nas promoções dentro da estatal. “A proposta do PCR é avaliar as pessoas por suas entregas e não por suas titulações”, informa o documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Denise Luna
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