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Juros recuam com ajuste nas apostas para a Selic e atuações do Tesouro e BC
Os juros futuros fecharam a sessão desta terça-feira, 19, em queda firme, tanto na ponta curta quanto na parte longa, descolando do clima negativo no exterior. Os negócios seguiram pautados pela reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia na quarta-feira, 20, sua decisão sobre a Selic, e por fatores técnicos, em função das atuações do Tesouro Nacional com leilões de títulos e do Banco Central na operação compromissada.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2018, o próximo a vencer e que reflete as apostas para a decisão do Copom, fechou a 6,442%, de 6,468% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2019 encerrou a 7,030% (mínima), de 7,161% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,80% para 8,56% e a do DI para janeiro de 2021, de 9,79% para 9,58%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou a 11,04% (11,32% no ajuste de segunda-feira) e a do DI para janeiro de 2025, em 11,74% (ajuste a 12,03%).
Desde a segunda-feira, o mercado vem reduzindo a precificação de alta para a Selic, que dominava a curva a termo até a semana passada, e colocando mais fichas na chance de estabilidade. Na tarde desta terça, o mercado de DI apontava em torno de 30% de chance de aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa atual de 6,50% e 70% de possibilidade de manutenção.
“Ficou claro que não tem sentido o BC subir juros, com a atividade fraca e a inflação controlada. O mercado está convergindo para o call dos economistas”, disse um gestor. Segundo ele, ainda, “o sinal do câmbio foi excelente para a curva de juros”.
Embora o dólar tenha passado a tarde de lado, o fato de o Banco Central não ter precisado entrar hoje com leilões de swap (dinheiro novo) para controlar foi considerado como positivo. Às 16h42, a moeda americana era cotada em R$ 3,7429 (+0,06%).
Na ponta longa, os profissionais destacam a atuação do Tesouro, com leilões de compra e venda de LTN, NTN-F e NTN-B. Nas operações desta terça, o Tesouro não aceitou propostas para venda, mas recomprou 275 mil NTN-F, 270 mil NTN-B e 1.249.070 LTN. Na compromissada de nove meses, o BC ofertava até R$ 10 bilhões em títulos, e tomou R$ 7,828 bilhões.
Autor: Denise Abarca
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