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Dólar recua com perda de força de greve de caminhoneiros, reoneração e exterior

30/05/2018

Em dia de formação da última Ptax de maio, o dólar ante o real opera em baixa em meio ao arrefecimento da greve de caminhoneiros no País após nove dias de paralisações, a aprovação da reoneração da folha de pagamentos de empresas no Senado e a melhora do cenário externo. O ajuste de baixa ante o real está em linha com o viés negativo da moeda americana no exterior em meio à alta do petróleo e dos Futuros de Nova York e do juro da T-Note 10 anos no patamar de 2,86%.

Internamente, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi divulgado na manhã desta quarta-feira, 30. O PIB subiu 0,4% ante o 4º trimestre 2017, e somou R$ 1,641 trilhão, mas é considerado um dado retrovisor. Os investidores estão fazendo revisões para baixo para o PIB do segundo trimestre por causa do impacto da greve de caminhoneiros, que já perdeu força, na economia como um todo. O foco agora é a paralisação de 72 horas dos petroleiros, iniciada nesta madrugada.

O resultado do PIB veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma estabilidade (0,00%) até uma expansão de 0,53%, e superou a mediana de 0,30%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2017, o PIB avançou 1,2% no primeiro trimestre deste ano. O resultado ficou dentro das estimavas dos analistas, que previam um avanço de 0,70% a 1,80%, e levemente abaixo da mediana positiva de 1,30%.

Lá fora, o ambiente de negócios está mais calmo e as ações de bancos italianos apagam parte das perdas recentes nesta manhã, ajudando a impulsionar o índice FTSE-Mib em Milão, em meio a sinais de que a Itália poderá formar um novo governo com a participação dos partidos populistas Movimento 5 Estrelas e Liga.

Às 9h19 desta quarta, o dólar à vista caía 0,88%, aos R$ 3,6969. Ainda assim, em maio, a moeda acumula ganhos de 5,61% ante o real, o que deve beneficiar os investidores comprados em câmbio (apostaram na alta das cotações).

O dólar futuro para julho, contrato mais negociado a partir desta quarta, recuava 0,82%, aos R$ 3,7080, enquanto o dólar para junho, que será liquidado na sexta-feira (1º de junho) com base na taxa Ptax de hoje, caía 0,74%, aos R$ 3,6990.

Às 9h30, o Banco Central estava realizando a oferta de 15.000 contratos de swap cambial, no valor de US$ 750 milhões.

Autor: Silvana Rocha
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