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Juros zeram queda e fecham estáveis; investidor corrige excesso de otimismo

12/03/2018

Os juros futuros terminaram a sessão perto dos ajuste da sexta-feira, após terem operado em queda durante boa parte da sessão. O movimento de alívio nos prêmios começou a perder força na hora final da sessão regular, em meio a ajustes de posições vendidas após reunião de economistas e gestores com o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana de Carvalho, nesta segunda-feira, 12, no Rio. De acordo com relatos, o mercado teria aparado excessos de otimismo com a política monetária visto nos últimos dias.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou com taxa de 6,450%, de 6,449% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,29% para 7,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 terminou em 8,230%, de 8,252% no ajuste de sexta-feira, e o DI para janeiro de 2023 fechou em 9,18%, de 9,19%.

A trajetória descendente da primeira etapa – amparada no recuo da mediana das estimativas para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Selic na pesquisa Focus, na deflação do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) e em declarações do presidente do BC, Ilan Goldfajn, – deu lugar à tarde a uma correção nas taxas.

“O pessoal teve uma leitura mais ‘hawkish'”, disse um operador, segundo o qual, o encontro do Viana enfraqueceu as expectativas de um possível novo corte da Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio.

Com isso, as taxas bateram máximas pouco antes das 16 horas, enquanto os demais ativos pouco alteraram seu ritmo. O dólar reduziu levemente os ganhos ante o real, cotado em R$ 3,2573 (+0,17%) às 16h36. O Ibovespa subia 0,74%, aos 87.010,42 pontos.

Autor: Denise Abarca
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