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Abimaq envia cartas a deputados contra a reoneração da folha de pagamento

09/03/2018
Abimaq envia cartas a deputados contra a reoneração da folha de pagamento

A Abimaq, entidade que representa a indústria nacional de máquinas e equipamentos, iniciou uma campanha contra a reoneração da folha de pagamento das empresas, prevista em projeto que está em pauta na Câmara.

Correspondências estão sendo enviadas pela associação a todos os deputados na tentativa de convencê-los de que é “inoportuno” votar a matéria em ano de eleições e num momento em que a economia começa a se recuperar. No texto, pede que eles votem contra a urgência na tramitação do projeto.

“Com mais de 50% do setor de máquinas apresentando pendências fiscais, a reoneração ocasionará o aumento do desemprego e da inadimplência, agravando ainda mais a perda de competitividade nas exportações e nas vendas para o mercado interno”, comenta na carta o presidente executivo da Abimaq, José Velloso.

Na quarta-feira, o deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do projeto, disse que o mérito da proposta poderá ser discutido na semana que vem, mas que as discussões sobre os setores que ficarão de fora da reoneração continuam. A medida é importante para o governo recompor receitas com a tributação da folha e reduzir as despesas com a restituição que precisa ser feita ao cofre do INSS por conta da desoneração.

A Abimaq pede que o setor representado por ela continue tendo sua folha desonerada e defende a manutenção da cobrança do adicional de 1% de Cofins-importação, que voltou a ser aplicado em agosto nas importações de mais de mil produtos, como medida mais eficaz para recompor receitas do governo.

A entidade argumenta que essa combinação seria favorável ao ajuste fiscal, apontando que a arrecadação do governo na taxação das importações de máquinas, estimada em R$ 730 milhões, seria superior às perdas, de R$ 540 milhões, estimadas com a desoneração do setor.

A Abimaq diz ainda que a reoneração da folha de salários aumentaria em 20% o custo de mão de obra das empresas, o que levaria a um aumento de 4% nos preços das máquinas, com impacto, portanto, no custo dos investimentos no Brasil.

Autor: Eduardo Laguna
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