Manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar na sede da Escola de Magistratura de Alagoas (Esmal), onde estava sendo realizada na manhã desta terça-feira (6) uma audiência pública sobre a privatização da Eletrobras em Alagoas.

Funcionários da empresa e integrantes de movimentos sociais protestaram na porta da Esmal. O clima ficou tenso e os manifestantes forçaram a entrada no prédio. Eles retiraram a grade e de proteção e jogaram contra os policiais. Durante a audiência, os manifestantes jogaram sapatos e até um produto químico no palco.

Um forte esquema de segurança tinha sido montado desde do início da manhã, policiais militares foram escalados para fazer a segurança do evento, mas isso não impediu o protesto.

A audiência foi convocada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com objetivo de prestar informações e receber sugestões para o processo de privatização. Mesmo com o tumulto, ela foi concluída.

A representante do BNDS, Lidiane Gonçalves, disse que o evento foi tumultuado. “Nós estamos aqui dispostos a debater e explicar o processo, mostrar os números. Essa é uma boa oportunidade e faz parte do processo democrático. Mas infelizmente a população não entendeu isso”, afirma.

Agora os representantes têm um prazo de 15 dias para públicar o edital de leilão da Eletrobras. Esse processo deve ocorrer até o mês de abril.

“Um dado bem importante é que o comprador deve fazer um investimento de R$ 546 milhões em melhorias para que atenda às necessidades da ANEL (Agência Nacional de Energia)”, reforça Lidiane.

Clima ficou tenso durante a audiência pública (Foto: Ascom/Eletrobras)