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A Rainha, o Esposo e o Marinheiro

03/11/2017
A Rainha, o Esposo e o Marinheiro

Não se pode negar que houve rainhas que reinaram com dignidade. Dentre elas podemos citar a rainha Isabel, cuja grandeza partia dela mesma. Trata-se de uma pessoa que, apoiada em si própria, dignificou o seu país com real grandeza.

Essa pessoa importante era filha do Rei João II, nasceu no ano de 1451, numa cidade chamada Madrigal de Las Altas Torres. Ainda na infância, viu seu pai falecer e sua mãe ficou mergulhada em profunda tristeza.

Convém lembrar que, ainda nos primeiros anos de educação, Isabel estudou pintura, gramática, história e música. Também apreendeu a andar a cavalo e saia a caçar lebres e javalis. Quando Isabel completou 17 anos, três pretendentes apresentaram seus pedidos de casamento. Eis os nomes dos pretendentes: O duque de Berri, irmão rei da França. Outro era o rei de Portugal, já idoso. O terceiro pretendente era o príncipe Fernando de Aragão. Este último era o preferido de Isabel.

A essa altura, quem governava a Espanha era um irmão de Isabel: Henrique era o seu nome. A verdade é que o irmão de Isabel veio a falecer e o trono ficou para Isabel. Esta já estava casada com Fernando de Aragão, que desejava tomar conta do trono.

Contudo Isabel mostrou um documento que dizia ser ela a soberana e o esposo seria príncipe consorte. Alguém escreveu: “O amor mantinha as suas vontades unidas…. Muitos tentaram separá-los, mas eles estavam decididos a não discordar.”

Parecia, diante de príncipes estrangeiros, que a Espanha era presa fácil e para isso tentaram dominá-la. Mas Isabel descobriu um ponto fraco de Portugal, país vizinho.

Por seu turno, Isabel e seu esposo tentam uma tarefa muito complicada: encontrar a paz. Na verdade, Isabel não tinha intenções de ser tirana. A sua formação de cristã desejava realmente o bem do povo.

Isabel não só era rainha, mas queria ouvir a voz do povo. Além disso, nunca deixou de agir como esposa e mãe. Disse textualmente Donald Culross Peattie: “Durante toda a vida, com sua própria mão coseu as finas camisas de cambraia de seu marido. Pagou as suas infidelidades com a maior lealdade… teve e criou cinco filhos, no meio de guerras e campanhas constantes.”

Há, dentre tantos acontecimentos fantásticos, algo a destacar. Certo marinheiro chamado Cristóvão Colombo que apresentou um projeto inédito. Na certeza de que a terra era redonda, obteve de Isabel, depois de algum tempo, ajuda para descobrir novas terras que, descobertas, iriam pertencer à Espanha.

Finalmente em determinado dia de agosto, três caravelas saíram da Espanha, rumo ao desconhecido. Após oito meses de longa espera chegam ao lugar de onde partiram as caravelas dirigidas por Cristóvão Colombo, que estava acompanhado de 6 índios pintados, que traziam presentes de ouro e de papagaios. O rei e a rainha, num gesto inédito, levantam-se diante daquele marinheiro que teve como que sonho utópico e como dissesse: Fui, vim e venci.

Enfim, como disse Donald Culross Peattie: “Pela sua fé e energia, tornara possível a aventura que abriu à Humanidade um Novo Mundo e a situou nos umbrais da Idade Moderna”.