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Quadro clínico de Dona Marisa é irreversível, afirma cardiologista
O quadro clínico da ex-primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, é irreversível, segundo informou o cardiologista Roberto Kalil Filho na noite desta quarta-feira. Dona Marisa não tem mais fluxo cerebral, está sedada e respira com ajuda de aparelhos, de acordo com o médico. Ela está na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, acompanhada de familiares.
Na terça-feira, os médicos que a acompanham haviam retirado os sedativos que a mantinham em coma induzido desde semana passada. Kalil relatou que a ex-primeira-dama apresentou sinais de melhora no início do dia. O estado de saúde de dona Marisa piorou, no entanto, a partir das 16h desta quarta-feira, levando a equipe do Sírio a retomar a aplicação dos remédios.
Segundo o cardiologista, três motivos levaram à piora do estado de saúde da ex-primeira-dama. A inflamação e o edema causados pelo AVC não regrediram, a pressão intracraniana aumentou e houve vasoespasmos (contrações de vasos sanguíneos) no cérebro. Durante a noite, ela passou por um exame para avaliar o fluxo sanguíneo no cérebro. Os resultados mostraram uma circulação mínima de sangue.
Após visitar a família, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse que o momento é de oração: “É um momento muito difícil. Mas temos que orar e entregar a Deus. O presidente Lula tem esperança, tem fé“, disse o ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.
Outro petista que esteve no hospital no início da madrugada foi o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que definiu a situação de dona Marisa como “muito grave”: “A situação é muito grave, muito grave. Agora está nas mãos de Deus.”
PASSOU MAL EM CASA – Dona Marisa passou mal no apartamento em que mora em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, no início da tarde de 24 de janeiro. Ela foi levada a um pronto-socorro da cidade, de onde, após exames constatarem o AVC, foi transferida de ambulância para o Sírio-Libanês, na capital paulista. A ex-primeira-dama chegou consciente ao hospital por volta das 15h30 daquele dia.
Após passar por uma operação para estancar o sangramento no cérebro, dona Marisa foi conduzida à unidade de terapia intensiva (UTI), onde continua até esta quarta-feira.
Segundo Kalil, o AVC foi causado pelo rompimento de um aneurisma que fora identificado dez anos atrás. O aneurisma é uma alteração em uma artéria do cérebro. Seu rompimento provoca sangramento e inflamação.
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