Política

Renan comenta devolução de denúncia e volta a criticar o Ministério Público

15/12/2016
Renan comenta devolução de denúncia e volta a criticar o Ministério Público

O presidente do Senado, Renan Calheiros, fez um pronunciamento nesta quarta-feira (14) para comentar a notícia de que uma denúncia contra ele foi devolvida pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal federal (STF), ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo Renan, as acusações que enfrenta são frágeis e ele provará que elas não se sustentam.

— Eu não temo absolutamente nada. Estou há nove anos sob devassa intensa. Não tenho nenhum problema na minha vida pública nem na minha vida pessoal. Eu pedi a investigação para esclarecer os fatos, meus sigilos foram entregues à Procuradoria-Geral da República, à Receita, à Polícia Federal. Estou à disposição.

Nesta quarta, Teori retornou a denúncia de Janot para que o procurador-geral complemente informações e aguarde o fim de diligências da Polícia Federal. A denúncia contra Renan se refere a crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Renan voltou a criticar a atuação do Ministério Público na operação, lembrando que o Senado rejeitou três indicações para o Conselho Nacional do órgão (CNMP) de procuradores que, hoje, atuam na Lava Jato. O presidente afirmou que o Ministério Público está perdendo sua isenção e, assim, “perde a condição de ser o fiscal da lei”.

— Contra o Congresso Nacional quiseram tudo, desde a invasão do prédio até o pedido de prisão do presidente, porque estaria obstruindo a operação. Cada decisão, cada constrangimento, cada busca e apreensão que fazem com a cobertura da imprensa precisa ser melhor observado. De abuso em abuso, eles estão construindo uma névoa no país que não fará bem à nossa democracia.

Réu

Renan falou também de outra denúncia contra ele, recentemente aceita pelo STF, que o transformou em réu perante à corte máxima do país. Ele observou que dois dos três fatos denunciados foram rejeitados pelos ministros, e argumentou que o único crime que restou — peculato, pela utilização irregular de verba indenizatória — não será comprovado.

— A denúncia é [pelo pagamento] de serviço de uma locadora que não existia. Nós provamos não só que a empresa existia e que prestou os serviços como que existe ainda hoje. Remetemos todas as certidões.