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Uso de EPIs previnem doenças em acidentes com material biológico
“O uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é imprescindível para proteger o trabalhador durante os acidentes com material biológico”. O alerta foi apresentado pela supervisora do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Gardênia Santana, durante o I Seminário sobre Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico, que ocorreu nesta terça-feira (8), no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea/AL), no bairro Farol, em Maceió.
Durante o evento, que foi voltado para profissionais e estudantes de diversas áreas de saúde, Gardênia Santana explicou que o acidente de trabalho com material biológico acontece quando o profissional de saúde é exposto ao sangue ou algum fluído corporal de um paciente.
O contato com essas substâncias pode levar o contágio por mais de 20 tipos diferentes de doenças infecciosas, como a hepatite B e C, ou, até mesmo, pelo vírus HIV/Aids.
“Por isso, uma atitude básica e simples para a proteção do trabalhador pode ajudar a reduzir a frequência com que esse tipo de acidente acontece”, disse a supervisora do Cerest Estadual, ao recomendar a utilização dos EPIs por parte dos profissionais que lidam diariamente com agulhas, bisturis, utensílios de vidro e todo material perfuro cortante.
“Esses equipamentos de rotina devem sempre ser disponibilizado pelas unidades de saúde, a exemplo das luvas, capotes, óculos de proteção e protetores faciais”, salientou ela.
Gardênia Santana recomendou que os coletores para o material perfurocortante não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade máxima. Isso porque, “esta ação vai evitar que os trabalhadores da limpeza também se acidentem”, orientou.
Tratamento – Quando ocorrer um acidente com exposição a material biológico, os casos devem ser tratados como de emergência e requerem uma assistência imediata, ainda de acordo com a supervisora do Cerest Estadual. A unidade de referência para os atendimentos é o Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), onde o profissional acidentado passará pelo protocolo preconizado no atendimento desses casos, especialmente para as situações de hepatites B e C, e o vírus HIV/Aids.
Dados – Até a primeira quinzena de outubro deste ano foram registrados 1.181 acidentes e doenças relacionados ao trabalho, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Desse total, 687 casos foram de acidentes com exposição a material biológico, onde auxiliares e técnicos de enfermagem são os que mais sofrem esse tipo de agravo.
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