Política

Bancada federal discrimina Palmeira dos Índios na liberação de emendas para 2017

31/10/2016
Bancada federal discrimina Palmeira dos Índios na liberação de emendas para 2017
Reprodução/ Internet

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A liberação de apenas uma emenda individual de R$ 200 mil, de autoria do deputado federal Givaldo Carimbão (PHS) de um total de 52 bilhões para todo o Estado, é o que pode se qualificar como discriminação com Palmeira dos Índios importante cidade, porta do Sertão do Estado e que foi administrada por um dos maiores escritores e romancistas do pais Graciliano Ramos. Municípios como Maceió e Arapiraca foram os contemplados com maiores valores das emendas, evidentemente, pela importância eleitoral e expressivo desenvolvimento sócio econômico.

O desprezo dos nove deputados federais e três senadores com Palmeira dos Índios é matéria de capa do semanário Tribuna do Sertão edição deste domingo (30). De acordo com a matéria do semanário mais antigo do Estado, Alagoas com nove deputados e três senadores disporá no Orçamento da União de mais de R$ 2 bilhões para obras em todo o Estado e ações que contemple as diversas áreas do Estado O destino é o Governo de Alagoas e os municípios.

Essas verbas orçamentárias são aplicadas por indicações dos parlamentares que prestigiam suas bases políticas e onde detém maior desempenho eleitoral. Em que pese à soma ser astronômica (mais de R$2 bilhões) no máximo 30% desse valor chega realmente a ser efetivado. Para 2017 o que tinha a ser aplicado já foi feito pelos parlamentares.

Em Palmeira dos índios, a terceira cidade mais importante de Alagoas novamente está sendo deixada de lado, por que se for para depender das verbas orçamentárias provenientes de emendas da bancada alagoana, parece que o munícipio palmeirense foi pouco (ou nada) contemplado. Das emendas de bancada destinadas para 2017 nenhuma relaciona Palmeira dos Índios e das emendas chamadas “individuais” apenas uma trata do município palmeirense e mesmo assim no valor de R$ 200 mil.

Maceió e Arapiraca foram privilegiados

Foram elaboradas 17 emendas para a capital e o interior que deverão ser analisadas em 2017, totalizando R$ 2 bilhões. Municípios como Arapiraca, Maceió, Rio Largo, Coruripe, Campo Alegre aparecem na “lista” dos contemplados com emendas e projetos. Duas dessas emendas são consideradas impositivas, que não se pode ou não se consegue rejeitar. Uma delas é referente à construção do Hospital Metropolitano de Maceió, orçado em 90 milhões. A outra está avaliada em R$ 134,6 milhões e será destinada para recuperar e ampliar o sistema de abastecimento de água da Bacia Leiteira de Alagoas no alto Sertão. Só essas duas obras já ultrapassariam os dois bilhões.

Do total de emendas, 15 são de apropriação de despesa, que somam R$ 1.936.086.555 e duas emendas de remanejamento de despesa, que totalizam R$ 40.000.000. “Nós temos 17 emendas. Como são compostas? Cada parlamentar tem direito a uma. São nove deputados e três senadores, então são 12 emendas. Essas emendas são chamadas apropriação de despesa. Depois disso tem mais três, que os deputados se juntam três a três para fazer uma emenda chamada tríplice, totalizando 15. Tudo isso são chamadas emendas de apropriação de despesas”, explica o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT)

Segundo Lessa devem ser priorizadas a duplicação da Al 101 Norte, que vai favorecer e incrementar o setor turístico daquela região. Também foi bastante comentada a obra da Ponte de Penedo a Neópolis, em Sergipe, sobre o Rio São Francisco, que foi tema da campanha eleitoral em Penedo, uma tese bastante defendida pelo prefeito reeleito Marcius Beltrão (PDT). O saneamento básico da parte baixa de Maceió também entrou na pauta.