A juíza eleitoral da 15ª Zona, Marcli Guimarães de Aguiar, solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) o envio de tropas federais para auxiliar nas atividades a serem desempenhadas no município de Rio Largo, antes e depois das eleições do dia 02 de outubro. O pedido será relatado pelo desembargador eleitoral Orlando Rocha Filho para os demais integrantes do Tribunal, que decidem ou não enviar a solicitação para o TSE – Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o documento da magistrada, a presença das tropas federais na cidade é fundamental para a prevenção dos crimes eleitorais em suas mais variadas formas, bem como para assegurar o regular andamento do processo eleitoral.

“A cidade de Rio Largo já é conhecida pelos intensos e históricos embates políticos, sem olvidar a instabilidade vivenciada nos últimos anos, com a sucessiva troca de chefes do Poder Executivo afastados de seus cargos, como forma de se garantir a ordem pública e o bom trabalho antes e durante as eleições”, evidenciou a juíza eleitoral da 15ª Zona.

Ainda de acordo com a solicitação, não há como o juízo eleitoral da 15ª Zona garantir o cumprimento da legislação eleitoral, uma vez que não encontraria suporte suficiente do efetivo local das Polícias Militar e Civil.

Antes de ser levado à análise do Pleno do TRE/AL, a Presidência do órgão enviou expediente ao governo de Alagoas para que a Secretaria de Segurança Pública se pronuncie acerca da necessidade de se garantir a segurança de eleitores e candidatos neste período eleitoral. Caso os desembargadores do TRE decidam que o pedido deve ser acatado, a solicitação será encaminhada ao TSE, que dará a palavra final sobre o envio ou não do efetivo federal.

Pilar

Mais uma solicitação de envio de tropas federais para as Eleições deste ano chegou ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL). Desta vez, o pedido foi feito pelo juiz eleitoral da 8ª Zona – Pilar, Sandro Augusto dos Santos, que ressalta que a presença dos militares do Exército é fundamental para assegurar o trâmite das tarefas eleitorais antes e durante o pleito de 02 de outubro.

No TRE/AL, o pedido foi distribuído e terá a relatoria do desembargador eleitoral Gustavo Nunes. Após a análise pelos integrantes do Regional alagoano, que decidem se acatam ou não o pedido do magistrado eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dará a palavra final sobre o envio ou não das tropas federais.

No documento encaminhado à Presidência do TRE/AL, o juiz Sandro Augusto narra fatos recentes com repercussão na imprensa acerca de crimes violentos no município. “Destaco que Pilar já é conhecida no Estado pelos intensos embates políticos, tratando-se do 6º município mais violento do Brasil, considerando a quantidade de homicídios em relação ao número de habitantes”, explica.

O magistrado narra, ainda, que no dia 17 de agosto, em pleno período eleitoral, um homem foi assassinado com dez disparos de arma de fogo. Adicionalmente, durante uma caminhada de um dos candidatos, no último dia 20 de agosto, foram deflagrados disparos de armas de fogo, culminando numa tentativa de homicídio.

“Há rumores de que pessoas ligadas à campanha eleitoral estariam portando armas de fogo sem autorização legal e policiais estariam realizando a segurança de candidatos de maneira irregular, sem a autorização dos órgãos de segurança do Estado, atuando também como cabos eleitorais e intimidando pessoas”, destacou o juiz eleitoral.

Sandro Augusto conclui o pedido de tropas federais para o município de Pilar afirmando que as campanhas eleitorais na cidade são marcadas por ameaças, intimidações, provocações, discussões acaloradas e intensa troca de ofensas, inclusive com o arremesso de pedras durante o encontro de simpatizantes rivais.