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Samu Arapiraca apresenta diminuição de 28,44% no número de trotes

20/06/2016
Samu Arapiraca apresenta diminuição de 28,44% no número de trotes
Serviço essencial para salvar vidas, Samu de Arapiraca vem registrando diminuição no número de trotes Adalberto Custódio e (Foto: Olival Santos)

Serviço essencial para salvar vidas, Samu de Arapiraca vem registrando diminuição no número de trotes Adalberto Custódio e (Foto: Olival Santos)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Arapiraca vem registrando nos últimos anos uma diminuição acentuada no número de trotes recebidos. Em 2012, o número de trotes registrados pelo Central de Arapiraca foi de 217.205.

No ano seguinte o número caiu para 187.636. Já em 2014 a Central de Regulação registrou 163.215 trotes e em 2015 o número baixou para 146.087. Ao se fazer um comparativo entre 2012 e 2015, a incidência de trotes diminuiu 28,44%.

Apesar da visível queda, os gráficos referentes ao ano de 2015 preocupam a direção do órgão. Se comparado aos três anos anteriores, o número de trotes foi desproporcional ao total de ligações recebidas. No ano passado, das 181.395 ligações recebidas, 146.087 foram trotes, o que representa 81% de todas as ligações.

De acordo com o gerente médico do Samu Arapiraca, Lucas Amaral, a redução nesse tipo de prática criminosa tende a se acentuar ainda mais em 2016, uma vez que o Núcleo de Educação Permanente (NEP) tem intensificado o trabalho de conscientização junto à população, principalmente entre os jovens.

“Uma das ferramentas mais eficazes para se combater esse tipo de prática tem sido o projeto Samu nas Escolas, que tem como objetivo levar informações, através de palestras  sobre a importância do trabalho do Samu no salvamento de vidas e os prejuízos provocados pelos trotes”, explicou.

Autoria dos trotes

 

Dados internos da Central de Regulação apontam que a maioria dos trotes tem como autores crianças e adolescentes. “Essa é a faixa etária que mais nos preocupa, por isso intensificamos o trabalho de conscientização nas escolas”, disse o diretor, que também citou os meios de comunicação como importantes parceiros no trabalho de divulgação.

Lucas Amaral lamenta que muitos trotes são  feitos por pessoas adultas, o que torna mais difícil de ser identificado pela Regulação. “É triste, mas ainda existem pessoas adultas que utilizam o serviço 192 pelo único prazer de saber que uma ambulância foi deslocada para lugar algum. Infelizmente, uma atitude de fraqueza que pode custar outras vidas”, evidenciou.

Na Central de Regulação, os atendentes são treinados para avaliar o quadro inicial do paciente, assim como detectar possíveis trotes já nos primeiros trinta segundos da ligação. O Samu Arapiraca é responsável pela coordenação de dezenove bases espalhadas pelas regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, o que representa uma cobertura de toda a II Macrorregião e municípios da 5º e 6º regiões de saúde que, somados, compreendem uma população estimada em 1,3 milhão de habitantes.