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Projeto de musicoterapia incentiva a cultura no sistema prisional


A iniciativa busca evitar a ociosidade dos reeducandos, incentivar a criatividade e promover a reintegração social pela cultura (Foto: Jorge Santos)
Incentivar o acesso à cultura por meio da música. Este é uma das principais metas do projeto de musicoterapia desenvolvido há três anos no sistema prisional. Em comemoração ao Dia dos Namorados e festejos juninos, a banda, composta pelos integrantes do projeto, irá se apresentar neste sábado (11), a partir das 11h, no Núcleo Ressocializador da Capital (NRC).
A iniciativa da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) busca, não só evitar a ociosidade, mas, também, incentivar a criatividade e promover a reintegração social pela cultura. Os internos ensaiam duas horas por dia, entre segunda e sexta-feira. Já nos finais de semana a gerência do NRC libera os instrumentos para ensaiar nos alojamentos.
Para a gerente do NRC, Geórgia Hilário, os benefícios proporcionados pela atividade são inúmeros. “A musicoterapia proporciona vários ganhos para os internos, pois eleva a autoestima, aumenta o vínculo familiar e faz com que eles sejam valorizados. Paralelamente, é também uma terapia, um momento para que os reeducandos reflitam sobre os seus atos”, disse.
Geórgia Hilário afirmou que esta não é a primeira apresentação da banda. “Geralmente eles aproveitam os dias em que ocorre visita geral para homenagear a família, proporcionando um momento de maior integração entre custodiados e familiares”.
A Seris firmou recentemente uma parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e, em breve, os alunos serão orientados por profissional especialista em música. Atualmente, o reeducando Isaqueneide dos Santos, de 36 anos, dissemina sua experiência com violão, bateria, guitarra, contrabaixo e teclado para os custodiados que têm interesse em desenvolver um ofício instrumental.
Isaqueneide já participou de vários cursos desde que chegou ao sistema penitenciário, como auxiliar administrativo e decoupagem. Com a música ele renovou suas esperanças. “Minha família ficou muito feliz quando soube da existência da banda, principalmente por ser gospel. A oportunidade de apresentar e mostrar para eles o que tenho aprendido é muito importante para retomar o controle da minha vida e seguir um novo caminho”, declarou.
Para o interno, a música tem o poder de tocar o coração das pessoas. “Tocando e cantando temos a oportunidade de falar sobre o amor de Deus e levar a palavra para aqueles que ainda não tiveram essa oportunidade. Não queremos converter ninguém, mas, sim, mostrar que podemos mudar por meio da música”, concluiu o reeducando.
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