Cidades

Cacimbinhas ganha rede de identificação e tratamento de problemas vocais

27/04/2016
Cacimbinhas ganha rede de identificação e tratamento de problemas vocais
medida visa reduzir o número de adoecimentos por alterações ou enfraquecimento da voz (Foto: Valdir Rocha)

medida visa reduzir o número de adoecimentos por alterações ou enfraquecimento da voz (Foto: Valdir Rocha)

As secretarias de Estado da Educação (Seduc) e da Saúde (Sesau) implantaram, nesta terça-feira (26), no município de Cacimbinhas, o Fluxo de Atenção e Vigilância em Disfonia para Servidores da Educação. A iniciativa, que também conta com a participação das secretarias municipais de Educação e Saúde, visa estabelecer uma rede para a identificação e posterior tratamento de professores das redes estadual e municipal que venham a desenvolver problemas de voz.

Rayné Melo, fonoaudióloga da Subchefia de Qualidade de Vida e Atenção à Saúde do Servidor da Seduc, conta que a medida visa reduzir o número de adoecimentos por disfonia – termo que designa qualquer forma de alteração ou enfraquecimento da voz -, a partir da identificação e encaminhamento para tratamento.

 

“Este Fluxo de Atenção e Vigilância permitirá que os atendimentos para estes casos aconteçam nos próprios municípios, nas redes de saúde locais. Por isso é que esta parceria com a Sesau e as secretarias municipais é tão importante”, frisa Rayné, lembrando que a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) também oferece tratamento e acompanhamento gratuitos e prioritários para professores com problemas vocais.

Praticidade – A implantação do Fluxo de Atenção e Vigilância em Disfonia foi recebida com entusiasmo pela comunidade educacional de Cacimbinhas. Na ocasião, muitos dos educadores presentes à cerimônia de apresentação do projeto revelaram ter desenvolvido algum problema de voz no decorrer de sua trajetória profissional.

É o caso de Josefa Rosilda, diretora-geral da Escola Estadual Muniz Falcão. Há 4 anos, ela precisou se afastar da sala de aula para tratar um problema nas cordas vocais. “A implantação desta rede para disfonias é muito positiva, pois, além do encaminhamento para tratamento, traz esclarecimentos sobre o que o profissional deve fazer para cuidar melhor de sua voz”, afirma.

Já Francisca Lima de Assunção, coordenadora pedagógica da Escola Municipal Coronel Dezito Duarte, desenvolveu rouquidão após uma cirurgia de remoção de nódulos de tireoide. “Minha voz é meu instrumento de trabalho e, quando soube da implantação desta rede em Cacimbinhas, fiz questão de prestigiar esta iniciativa, que é muito bem-vinda”, declara.

 

O gerente da 3ª Gerência Regional de Educação (Gere), José Tenório França, diz que a implantação do Fluxo de Atenção e Vigilância em Disfonia traz facilidade e praticidade aos professores com problemas vocais no interior do Estado. “Alterações vocais são problemas corriqueiros entre os educadores e esta rede permitirá aos profissionais fazer o tratamento em seus municípios, sem precisar se deslocar para Maceió”, observa.

Cronograma – Seduc e Sesau já promoveram a instalação do Fluxo de Atenção e Vigilância em Disfonia nos municípios de Rio Largo, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema. Em maio, o mesmo será implantado em Arapiraca (10/5), Penedo (24/5) e Belém (31/05).