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Admissibilidade aprovada

23/04/2016
Admissibilidade aprovada

No histórico dia 17 de abril do ano fluente, o sereno presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), conseguiu com uma boa margem de votos aprovar a Admissibilidade do processo do IMPEACHMENT contra a combalida Dilma Vanda Rousseff, presidente da República. O Brasil aumentou a crise política igualando-se a crise do Collor quando deixou o Palácio do Planalto pelas portas do fundo do Palácio do Planalto.

Segundo VEJA, edição de 20 de abril de 2016, “ O vice-presidente da República Michel Temer, aos 75 anos, será o terceiro vice a assumir a cadeira titular em três décadas de democracia Mas, no seu caso,nada será como antes. Temer enfrentará uma realidade toda própria”.

O PT( Partido do Petrolão), por sua vez, gerou uma profunda crise política, e, ao mesmo tempo, a economia experimenta uma estagflação,isto é, inflação e, concomitantemente, recessão assemelhada à depressão econômica de 1929. E, por isso, o lulopetismo levou a Nação a 10 milhões de desempregados,saúde pública encontra-se na UTI, a credibilidade popular da presidente no fundo do poço. E, o pior os petistas dizem que isso é GOLPE.

Por outro lado, a Admissibilidade teve o aval do Supremo Tribunal Federal, ou seja, o rito do IMPEACHMENT passou pelo crivo da Suprema Corte do País. Mesmo assim, os meliantes do PT ( Partido dos Trambiqueiros) alegam a questão do GOLPE. É, por excelência, um comportamento inaceitável na conjuntura que se encontra a Terra de Santa Cruz.

Vencida a primeira etapa do impedimento de Dilma Rousseff, espera-se que Renan Calheiros (PMDB/AL), não imite o comportamento de Ronaldo Lessa/Carimbão que traíram a Nação votando contra a continuidade de Dilma à frente da Presidência da República. E, por conseguinte, ambos parlamentares não merecem a credibilidade do povo alagoano.

Agora, o filho ilustre de Murici, cumpra seu dever constitucional e dê continuidade ao processo que visa afastar a titular do cargo que, à luz da Constituição, desrespeitou à Lei da Responsabilidade Fiscal datada de 2000. E, portanto, agindo ao contrário responsabilizará pela má-fé perante o povo brasileiro.

“ Que tristeza ! DILMA, PELA GANÂNCIA EM MANTER-SE NO poder, agora liquida o que sobrou de sua desastrada administração ( Oséas Fernandes, Cachoeiro de Itapemirim)”.Refere-se ao leilão de cargo feito no Palácio do Planalto às vésperas da tomada de posição da Câmara Alta do País ( 17.4.16).

Diga-se, de passagem, envergonhou a classe política que, por sua vez, encontra-se depauperada perante à opinião popular. E, consequentemente, nas eleições municipais de 2016 os eleitores darão a resposta a essa corja de petistas que assaltaram o Erário nacional, ou seja, acabaram com a Petrobras, criada pelo saudoso Getúlio Vargas ( 1953).

Enquanto isso, o país continua parado em termos de crescimento econômico, a população morrendo nas portas dos hospitais públicos, as pessoas sendo assaltadas nas ruas, nas casas lotéricas, e, principalmente, sem perspectivas desenvolvimentistas num futuro próximo. É o caos que tomou conta do gigante da América Latina.

Por essas e outras razões, a classe política deve ser responsabilizada pelas crises que abateram todo o quadrante nacional.. Significa dizer a solução não virá a curto prazo. Muito pelo contrário, dar-se-á a longo prazo. O novel comandante da Nação, pelo dever ao país, terá que ter muita competência aliada a boa vontade de resolver os graves problemas gerados pela classe detentora do poder.

Faço questão de reproduzir o que escrevera Andrea Pinho Lima Magalhães Teodoro (Belo Horizonte: “ O Brasil está realmente em chamas, provocadas por esse governo corrupto que empobrece o país e ainda tem o desplante de tentar comprar parlamentares, oferecendo cargos públicos em troca de votos contra o impeachment. Chegamos ao limiar da vergonha nacional”.

Por outro lado, o economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda do Sarney, no seu abalizado artigo IMPEACHMENT NÃO é golpe, escrevera: “ A propaganda do risco de golpe é um a das invenções do PT para enganar os menos informados e espicaçar os adversários. Nos tempos petistas , diz Sérgio Fausto, nunca se repetiram com tanta intensidade e frequência ideias prontas e slogans feitos para distorcer os fatos em benefício de um grupo político e estigmatizar seus oponentes”.

Renan Calheiros, presidente do Senado, não pode faltar ao Brasil. Apesar de ser amigo de Dilma Rousseff deve honrar os votos que recebeu das Alagoas. Do contrário, pode esquecer a terra que lhe deu oportunidade de ser o maior articulador político do Brasil.