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Estados trocam experiências sobre avanços e dificuldades no combate à microcefalia

Técnicos e especialistas das áreas da Atenção Básica; Psicossocial; da Saúde da Criança e setores afins da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) trocaram, nesta quarta-feira (13), em videoconferência com profissionais dos outros Estados do Nordeste, experiências sobre a assistência prestada às crianças com microcefalia e familiares e o acompanhamento dos casos desde o diagnóstico, consultas especializadas e estimulação precoce dos bebês.
O objetivo da videoconferência, coordenada pelo Ministério da Saúde, é discutir as ações da Atenção Básica para a busca ativa e acompanhamento das crianças, que deve ser realizada conjuntamente com as coordenações de Saúde da Mulher; do Homem; Pessoa com Deficiência; Atenção Básica, Vigilância em Saúde, Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e Secretarias de Assistencial Social de cada Estado.
A supervisora estadual do Cuidado à Pessoa com Deficiência, Renata Bulhões, afirmou que foi traçado um cronograma entre Sesau e Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) para capacitar os profissionais que compõem o Nasf (psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais).
Alguns avanços foram colocados pelos Estados de forma unânime, a exemplo do esforço em agregar o Programa Mais Médicos no apoio às crianças com microcefalia do seu território e o trabalho da Atenção Básica na redução do sofrimento psíquico das gestantes, mães e familiares com bebês com a doença.
A coordenadora da Assessoria Técnica do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Sylvana Medeiros, afirmou que a entidade não tem medido esforços para apoiar os municípios no que for necessário, no sentido de ajudá-los a enfrentar o problema e promover uma atenção humanizada para as famílias com casos da microcefalia.
Entre as questões que nortearam a discussão estavam o posicionamento de cada Estado sobre a organização do fluxo da rede de serviços para a busca ativa e captação precoce dos casos; bem como o acompanhamento das crianças pela Atenção Básica de forma articulada com os demais pontos de serviços da rede.
Foram discutidas ainda até que ponto as equipes da Atenção Básica e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) estão realizando a estimulação precoce das crianças com microcefalia e as consultas de puericultura (promoção da saúde da criança de forma integral) de bebês com a doença ou alterações no sistema nervoso central. A gerente estadual da Atenção Primária, Tânia Queirós, afirmou que Alagoas vem avançando na captação precoce das crianças, já que este trabalho vem sendo feito pelas maternidades.
“No tocante à Atenção Primária, estamos cumprindo um cronograma de visitas “in loco” de todas as crianças confirmadas e acompanhando junto à equipe da Saúde da Família; e Saúde da Criança o encaminhamento das consultas de puericultura. Temos feito um trabalho integrado junto à Assistência Social do Estado e municípios”, destacou.
Desafios – Os Estados elencaram ganhos e desafios no enfrentamento à microcefalia, a exemplo da Bahia que lançou o Alô Gestante para tirar dúvidas sobre a doença e tratamento. Já o Piauí apontou a dificuldade de deslocamento das crianças para a estimulação precoce, por causa da situação socioeconômica das famílias.
Uma dificuldade comum a maioria desses Estados diz respeito ao transporte das famílias e bebês para as consultas especializadas e estimulação precoce, já que na maioria dos casos elas precisam ficar mais de um dia fora de suas residências. O Estado de Sergipe citou como desafio a ser vencido a insegurança dos profissionais quanto à estimulação precoce das crianças com microcefalia, considerando que a doença é nova.
Participaram da roda de conversa representantes dos setores afins dos Estados do Nordeste, na qual pontuaram avanços e dificuldades no enfrentamento da doença, além de representantes do Ministério Público e do INSS. Na ocasião, o MS expôs o conjunto de ações da Atenção Básica no contexto da microcefalia, enfatizando que a busca ativa das crianças é um dos pontos fundamentais e que as equipes de Atenção Básica precisam fortalecer este trabalho.
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