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Trajetória de um cinquentão

11/04/2016
Trajetória de um cinquentão

Em meio a maior crise recente do País, o PMDB completou no dia 24 de março meio século de existência. A trajetória do partido se confunde com a história do Brasil. O PMDB tem sido o pilar da governabilidade e da responsabilidade. Todo mundo que transita pela vida pública tem, em seu DNA, um pouco de PMDB.

Afinal foi o MDB que comandou nas ruas o processo de redemocratização e conquistou a volta das liberdades e dos direitos individuais e coletivos na Constituinte. Quem há de esquecer as cenas históricas do Doutor Ulysses, em 1978, ao desembarcar na Bahia, nos anos mais duros da ditadura militar e ser fustigado pelos cães da ditadura?

O partido, frustrando as profecias que a toda eleição insistem em nos empurrar para papéis secundários, vem recebendo mais votos a cada pleito que disputa e vem conquistando mais cadeiras. Inclusive com a reinserção do partido em grandes centros com alta densidade eleitoral.

A sociedade vem concordando com a postura responsável do PMDB. Estamos tendo crescimento permanente no número de deputados federais, estaduais, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, no número absoluto e total de votos. É uma legenda que, a despeito dos oráculos trincados, mantém a credibilidade na população.

O PMDB nasceu como frente partidária e albergou vários matizes ideológicos: conservadores, comunistas, maoístas, socialistas e até aqueles sem ideologia alguma. Este código genético ultrapassou a convivência e chegou até nossos estatutos, sendo o partido que garante o direito de discordar. Mas como dizia Tancredo “Não são os homens, mas ideias que brigam”.

Nunca ambicionamos a unanimidade, mas a unidade. Temos muito zelo por este patrimônio e saberemos honrá-lo e multiplicá-lo com responsabilidade. Por isso, o PMDB vem defendendo um salto de qualidade nas relações políticas para priorizar projetos, programas e a aprovação dos mesmos. Para que ainda não percebeu, a sociedade já deu este salto há algum tempo.

O PMDB quer trabalhar para retomar o crescimento, o aumento da renda, a expansão do salário mínimo, da massa salarial, os programas sociais, a estabilidade econômica, o emprego, os aprimoramentos legais e o aumento de oportunidades e a diminuição das desigualdades.

Olhar para trás nos dá a sensação de dever cumprido, mas ainda há muito a ser feito. Afinal, democracia não é só o direito de ir e vir e de votar. É também mobilidade econômica, igualdade de oportunidades e justiça social. Sem isso nenhuma democracia estará completa, nenhum democrata estará satisfeito.