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Casos de suicídio são discutidos por profissionais da psicologia do HGE


Casos de depressão, ansiedade, desemprego, dependência química, doenças incuráveis e, sobretudo, problemas nos relacionamentos são os principais fatores de risco para o suicídio (Foto: Divulgação)
Casos de depressão, ansiedade, desemprego, dependência química, doenças incuráveis e, sobretudo, problemas nos relacionamentos são os principais fatores de risco para o suicídio, é o que aponta o Centro de Amor à Vida (Cavida), Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos, reconhecido para serviços relacionados à prevenção do suicídio. No Hospital Geral do Estado (HGE), cerca de 350 pessoas dão entrada, anualmente, devido a tentativas de tirar a própria vida.
Pensando nisto, a unidade hospitalar, em parceria com o Cavida, vem capacitando os profissionais e acadêmicos do hospital. A intenção é abordar o tema de forma multidisciplinar para que os profissionais saibam lidar nas situações de tentativas de suicídio e também identificando os casos em que ocorre a prevenção.
Tasmânia Quintela, coordenadora do serviço de Psicologia, explicou que os temas antes discutidos em grupo agora entram no currículo, como capacitações para profissionais e acadêmicos da área. “O grupo de estudos de psicologia vem acontecendo desde o ano passado, com vários blocos temáticos, iniciamos com avaliação psíquica, depois sobre humanização e agora estamos falando sobre o suicídio. Queremos abordar esses temas de forma multidisciplinar, envolvendo os estudantes e os profissionais para que a gente discuta sobre teoria e prática. Este ano tivemos a contemplação, através do serviço de desenvolvimento de pessoas, que além de continuar como grupo de estudos para estagiários, profissionais, também servirá como capacitação para eles. Isso é fundamental para uma boa assistência junto ao usuário e seus familiares”, contou.
Na ocasião, Eyre Malena, psicóloga do Cavida, forneceu conhecimento sobre o comportamento suicida. Para a psicóloga, é relevante estar em alerta aos sinais que indicam comportamento suicida, tais como, isolamento, tristeza, desânimo com a vida, dificuldade financeira ou de relacionamento, bulling, entre outros. “A falta de informação e preconceito ainda são um dos maiores obstáculos na luta pela prevenção. É preciso esclarecer as diversas formas de prevenção e como se pode ajudar uma pessoa em risco”, alertou.
No Brasil, segundo Eyre, 28 pessoas tentam suicídio diariamente. Em cada oito segundos uma pessoa tenta acabar com a própria vida. Em Alagoas, cinco a seis pessoas, por semana, dão entrada no HGE por tentativa de suicídio. O suicídio já é considerado a terceira causa que mais mata no mundo.
Cavida
A ONG trabalha com as pessoas que procuram ajuda e as que são identificadas como necessitadas de auxílio por um dos profissionais que lá exercem sua profissão. “Oferecemos um acompanhamento psicoterápico semanal e também aconselhamento para as famílias, tanto das pessoas que tentaram, como das pessoas que têm risco de suicídio”, explicou a psicóloga Eyra Malena.
De acordo com ela, o Cavida faz a avaliação do risco de suicídio e o acompanhamento dessas pessoas para que evitem novas tentativas ou a tentativa em sim. O serviço é gratuito com a finalidade da prevenção. Além disso, também se trabalha com a capacitação de profissionais, estudantes e população em geral, através de campanhas e treinamentos.
A sede do Cavida está localizada na Rua Walter Ananias, 341, no bairro do Jaraguá. O telefone para contato é o 3326-2774.
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