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O Último Papa – Parte Final
Na edição do último Jornal que circulou antes da Semana Santa, nossa crônica comentou o livro de Luís Miguel Rocha – “O Último Papa” – que descreve sobre a estranha morte do Papa João Paulo I (Albino Luciani), supostamente assassinado, porque iria substituir membros da Cúria Romana, os quais estavam envolvidos em “lavagem de dinheiro”, desviando recursos financeiros do Banco do Vaticano, em conluio com membros da Loja Secreta P2 (Loja Propaganda 2), uma espécie de máfia italiana composta de homens influentes da Itália entre 1945 a 1981, funcionando na ilegalidade e vilolando a Constituição da República Italiana, sob a lideração de Lício Gelli, um conspirador político que pretendia assumir o controle do Estado italiano, fazendo uso de práticas criminosas, suscitando escândalos na história da Itália). Esta semana, vamos dar continuidade ao tema – “O Último Papa” – enfocando o livro de Robert Howells, que durante 20 anos pesquisou sobre a obra atribuída a São Malaquias de Armagh (que não é o Profeta Malaquias, do Antigo Testamento), o qual obteve “visões” após suas viagens à Roma. Por sinal, São Malaquias foi um reformador que venceu obstáculos para compatibilizar a Igreja da Irlanda (sua terra natal) com a Igreja de Roma, juntamente com seu amigo e conterrâneo São Bernardo de Claraval. De acordo com “A Profecia dos Papas”, obra escrita pelo místico irlandês São Malquias, o 264º Papa (Bento XVI) seria o penúltimo pontífice do vaticano.
Segundo essa profecia, o sucessor do 265º Papa (Francisco) seria o Último Papa da História na Igreja Católica Romana. Mas, como nos adverte o autor britânico William Stoddart, “profecias são fenômenos que ocorrem em toda religião, elas são difíceis de interpretar antes dos eventos, e fáceis de comentar depois deles. Geralmente, são simbólicas, e não literais, com exceção das célebres profecias de São Malaquias”, que estabelece o nome do último Sumo Pontífice, chamado de “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano). Aliás, sobre “O Último Papa”, que deverá sucederá Bento XVI, São Malaquias escreveu: “Na perseguição final contra a Santa Igreja Romana, Pedro Romano sentar-se-á no trono (papal) e apascentará seu rebanho em meio a muitas tribulações. E quando estas coisas tiverem acontecido, a cidade das sete colinas (possivelmente Roma) será destruída, e o Juiz tremendo (Jesus Cristo) julgará seu povo”.
Ora, em primeira análise, com relação ao pontificado do Papa Francisco não há nada evidente que possa comprovar acerca de “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano) ser aquele que presenciará o Declínio da Igreja Católica e a Destruição de Roma. Diversamente do nome de “Pedro”, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome de “Francisco”, em homenagem a São Francisco de Assis, reformador da Igreja Romana, que teve uma visão na Capela de São Pedro Damião (São Damião), em Assis (Itália), onde ouviu o apelo de Cristo: “Francisco, vai e repara a minha Igreja que, como vês, está toda em ruínas”. A situação de hoje não é diferente dos séculos passados. Os problemas são os mesmos. A falta de “evolução” do pensamento por parte de bispos conservadores é o fator principal que impede o desenvolvimento da Igreja Católica. Excesso de conservadorismo, de radicalismo, para se manter no ápice da pirâmide das Religiões, sem observações as lições e os ensinamentos do Cristo que se fez crucificar em favor da humanidade. A “ruína” de hoje que precisa ser enxergada e reparada pelos membros da Igreja Católica é visível aos nossos olhos. Como se observa na América do Sul, mais de 75 milhões de cristãos aderiu à Igreja Pentecostal. No Brasil, “o maior país católico do mundo”, a Igreja perde mais de meio milhão de fiéis ao ano, segundo dados da CNBB.
Por outro lado, o autor do livro “O Último Papa”, Robert Howells, deixa-nos uma dúvida quanto à profecia de São Malaquias, quando este afirma que o 265º Papa seria o Último Pontífice. Portanto, segundo o escritor e historiador, “Os vínculos com o aspecto “Pedro” (o Romano) da profecia não ficaram claros até o cardeal Bergoglio escolher o nome de Francisco. Ele adotou esse nome inspirando-se em São Francisco, cujo nome completo era “Francisco di Pietro di Bernardone” – sendo “Pietro” o correspondente nome italiano de “Pedro”… Ora, se o Papa Francisco permanecer no cargo e fizer seu “sucessor”, a Profecia sobre o Último Papa deixará de existir, pois “Pedro, o apóstolo”, continuará a existir sobre a cátedra de Roma. Pensemos nisso! Por hoje é só.
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