Coordenadores de Saúde Bucal dos municípios alagoanos se reuniram nesta segunda-feira (14) com representante do Ministério da Saúde (MS), Ademir Fratric Bacic (Foto: Divulgação e Olival Santos)

Os coordenadores de Saúde Bucal dos municípios alagoanos se reuniram nesta segunda-feira (14), na Faculdade Tecnológica de Alagoas (FAT), na Serraria, com o representante de Saúde Bucal do Ministério da Saúde (MS), Ademir Fratric Bacic. O encontro estadual foi uma oportunidade de apresentar as experiências exitosas que servem de modelo para os demais municípios.

Uma estratégia elogiada pelo Ministério da Saúde (MS) é o pioneirismo do Estado de Alagoas em oferecer apoio institucional aos municípios. Conforme esclareceu a supervisora estadual de Saúde Bucal, Maria de Lourdes Mota, essa estratégia inicia com uma visita in loco para conhecer a estrutura física, o processo de trabalho e a situação dos profissionais.

“A partir da visita, um relatório é elaborado e repassado ao gestor, que é convidado a comparecer à Gerência Estadual de Atenção Primária e assinar um termo de compromisso acerca da situação do município e os prazos para adequação do que precisa ser revertido”, pontuou Mota.

O coordenador nacional de Saúde Bucal informou que a proposta do Encontro Estadual é conhecer e também “compartilhar as experiências exitosas para multiplicá-las entre os municípios em âmbito nacional”. Fratric abordou sobre a Política Nacional e os programas, como o Brasil Sorridente, além das perspectivas e os novos cenários de atuação.

Exemplos 

O coordenador de Saúde Bucal do município de Junqueiro, Leonardo Powell, apresentou uma iniciativa com bons resultados: a organização do fluxo de atendimento a partir do núcleo familiar. A proposta “Projeto 100% de Saúde Bucal para 100% das famílias junqueirenses” reduziu a evasão dos pacientes e coloca o agente comunitário de saúde como protagonista da ação.

“Essa estratégia iniciou em 2009 e promove a interação entre o profissional da saúde e as famílias a partir da prevenção, e não da doença”, explica Powell. Segundo ele, famílias inteiras – e não apenas um paciente com necessidade de atendimento – são orientadas com o objetivo de evitar qualquer dano à saúde bucal.

Outro município que apresenta experiências exitosas é Campo Alegre. Segundo descreveu o cirurgião-dentista Franklin Regazzone, por meio do Programa Melhor em Casa, os pacientes que não podem ir até a unidade de saúde recebem atendimento domiciliar, através de um consultório móvel.

Também em Campo Alegre, o cirurgião-dentista André Ricardo Bezerra enaltece o projeto do atendimento à gestante, que não havia nenhum registro. Em um ano da iniciativa, 71 gestantes foram atendidas; e, em 2016, já foram contabilizados 28 atendimentos até a última sexta-feira (11).

Mais uma vez o agente comunitário de saúde aparece como protagonista da ação, ao estimular a presença da gestante nas consultas com o cirurgião-dentista. “É preciso romper com esse mito de que a gestante não pode realizar tratamento odontológico, e sim, ao avaliar o risco/benefício, o atendimento deve ser realizado”, disse Bezerra.